A pipoca de micro-ondas conquistou adeptos graças à praticidade e ao aroma característico. No entanto, muitos desconhecem os riscos associados a esse produto popular.
E essa preocupação não se limita apenas ao elevado teor de sal e gordura, pois a pipoca contém substâncias sintéticas e embalagens especiais que suportam altas temperaturas.
Tais elementos levantam questões sobre a segurança para a saúde humana, uma vez que incluem componentes potencialmente nocivos ao organismo.
Pipoca industrializada pode conter vários componentes nocivos à saúde – Imagem: Mo Abrahim/Pexels
Preocupações com a embalagem
A embalagem da pipoca de micro-ondas contém agentes perfluorados, utilizados para evitar a absorção de gordura e água.
Nos Estados Unidos, desde 2011, o emprego de perfluorados de longa cadeia de carbono tem sido eliminado progressivamente devido a seus riscos à saúde.
Tais compostos são apontados pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA, na sigla em inglês) como possivelmente carcinogênicos.
Além disso, eles estão associados a problemas de saúde variados, como doenças cardíacas, no fígado e na tireoide, além de alterações hormonais.
Outros componentes nocivos
Além dos agentes perfluorados, outros aditivos presentes na pipoca de micro-ondas apresentam grande potencial de dano à saúde.
Olestra
A olestra, gordura comumente usada em tal produto, substitui a gordura tradicional. No entanto, ela afeta a absorção de vitaminas e de carotenoides, essenciais ao organismo, o que levanta preocupações sobre o consumo regular da pipoca.
Diacetil
O diacetil é um aromatizante que confere sabor à pipoca de micro-ondas, mas a inalação frequente está ligada a problemas respiratórios, como asma, além de uma ligação com a doença de Alzheimer.
Demais riscos à saúde
Além de olestra e diacetil, a pipoca de micro-ondas contém níveis elevados de sódio e gordura trans.
Testes do IDEC confirmam que os níveis presentes no produto ultrapassam os limites estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização Mundial de Saúde (OMS), o que aumenta riscos à saúde.
Além disso, há quantidades alarmantes de açúcar e gordura saturada nas versões industrializadas.
A gordura saturada, um dos principais vilões, é conhecida por se acumular nas artérias, o que eleva as chances de doenças cardíacas.
Alternativas saudáveis
Para quem não dispensa uma pipoca, a melhor opção é o milho de pipoca tradicional.
Utilizar pouco óleo e sal evita olestra e diacetil, além de resultar em um produto mais seguro para o consumo.
Você também pode fazer pipoca convencional no micro-ondas, basta utilizar apenas os grãos e uma tigela própria para isso. Assim, é possível obter uma pipoca saudável e livre de componentes prejudiciais.