Sua dieta está te envelhecendo e ultraprocessados têm culpa, diz estudo

Pesquisa revela que alimentos ultraprocessados contribuem para o envelhecimento precoce. Saiba quais são os riscos e as alternativas.



Alimentos ultraprocessados, tão comuns no dia a dia, podem estar acelerando o envelhecimento biológico de quem os consome regularmente. Um estudo liderado pela professora brasileira Barbara Cardoso, da Universidade Monash, revelou como esses produtos afetam o organismo em um nível profundo.

O envelhecimento biológico não é apenas uma questão de idade no calendário. Ele reflete o desgaste real do corpo, medido por biomarcadores no DNA.

Fatores como alimentação, estilo de vida e genética podem influenciar diretamente esse processo. E, como aponta a pesquisa, incluir ultraprocessados na dieta pode fazer o relógio biológico correr ainda mais rápido.

O que ultraprocessados fazem no corpo?

ultraprocessados
Refrigerantes são exemplos clássicos de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e aditivos, que podem impactar a saúde e o envelhecimento. (Foto: Canva Pro)

A pesquisa destaca que até pequenas quantidades de ultraprocessados já podem ter um impacto significativo.

“Se uma pessoa consome 200 calorias a mais de ultraprocessados por dia, o que equivale a uma barra pequena de chocolate, isso pode acelerar o envelhecimento biológico em dois meses comparado à idade cronológica”, destacou Barbara Cardoso em um comunicado.

Os resultados são alarmantes: indivíduos que tinham 68% ou mais das calorias diárias vindas de ultraprocessados apresentavam, em média, quase um ano a mais de envelhecimento biológico em relação aos que consumiam 39% ou menos.

Essa diferença pode parecer pequena, mas, acumulada ao longo dos anos, faz toda a diferença na saúde e na qualidade de vida.

Além disso, esses alimentos não prejudicam apenas a idade biológica. Estão associados a uma série de problemas, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e até declínio cognitivo.

Isso se deve, em parte, aos conservantes, adoçantes e outros compostos químicos utilizados em sua fabricação.

Como reduzir o consumo e melhorar a saúde

Evitar os ultraprocessados pode parecer difícil, mas pequenas mudanças fazem a diferença. Exemplos comuns incluem biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes e comidas congeladas. Uma forma simples de começar é substituí-los por alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e cereais integrais.

Trocar refrigerantes por água aromatizada com limão ou hortelã, preparar refeições em casa e optar por lanches como castanhas ou iogurte natural são hábitos que ajudam não só na alimentação, mas também na prevenção de doenças e no envelhecimento saudável.

Afinal, investir em uma dieta equilibrada é um cuidado que reflete tanto no presente quanto no futuro.

*Com informações de Catraca Livre.




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