A presença do ponto sobre as letras “i” e “j” é amplamente aceita como resultado da escrita cursiva e visa diferenciar estas letras de outras. Esse detalhe tipográfico é conhecido popularmente no Brasil como “pingo” ou “pinguinho”. Já em Portugal, a denominação mais comum é “pintinha”.
A origem do ponto remonta ao século XI, de acordo com os registros da Enciclopédia Britânica. O sinal surgiu em manuscritos da época como uma solução prática para identificar a letra “i”, especialmente quando estava próxima de outros símbolos gráficos como o “l”, “n” ou “m”, a fim de facilitar a leitura de palavras.
O uso do ponto evoluiu ao longo dos séculos, pois inicialmente ele podia se assemelhar a um pequeno traço. Nos manuscritos medievais, era comum destacar um “i” inicial ou proeminente, muitas vezes estendendo-se abaixo da linha, o que resultou na diferenciação com a letra “j”.
No inglês, a letra “i” do pronome “eu” fica sempre em maiúscula para proporcionar melhor leitura – Imagem: reprodução/Jemma Pollari/Unsplash
A transformação das letras ‘i’ e ‘j’
Durante o período medieval, as letras “i” e “j” começaram a se diferenciar. A letra “i” inicial, geralmente alongada, era muitas vezes interpretada como uma consoante, enquanto a forma curta permanecia como vogal. Foi apenas no século XVII que as letras passaram a ser consideradas distintas.
O ponto sobre o “i” ajudou a evitar confusões na leitura e assim se tornou um componente essencial na identificação correta das letras.
Essa escrita facilitou a leitura de palavras complexas e colocou o sinal gráfico como uma parte importante da tipografia moderna.
A importância histórica do ponto
Ao longo dos séculos, o ponto sobre o “i” tornou-se mais que um detalhe gráfico; ele é um elemento essencial que reflete a evolução da escrita e a busca por clareza na comunicação.
Sua introdução foi um marco na transição da escrita manuscrita para a tipografia impressa.