Acordar no meio da noite para fazer xixi pode parecer algo normal, mas quando isso se torna frequente, pode ser um indicativo de problemas urológicos.
Essa situação, que afeta o sono e a produtividade, pode ser um sintoma da bexiga hiperativa. Essa condição, que atinge milhões de pessoas, compromete o bem-estar geral e merece atenção.
Embora associada a indivíduos acima dos 40 anos, a bexiga hiperativa pode afetar pessoas de qualquer idade. Muitas vezes subdiagnosticada, essa desordem é erroneamente considerada natural com o avançar dos anos.
O urologista Dr. Alexandre Sallum Bull destaca, em matéria do site D24 AM Saúde, a importância de reconhecer e tratar essa condição, que vai além de um mero incômodo.
Caracterizada pela necessidade urgente e frequente de urinar, a bexiga hiperativa pode causar incontinência e impactar significativamente a vida social e emocional. Entre os sinais mais comuns está a noctúria, necessidade frequente de urinar à noite, que não deve ser ignorada.
Ir muitas vezes ao banheiro para fazer o “número 1” à noite não é normal – Imagem: Freepik/reprodução
Identificando o comportamento urinário normal à noite
Urinar uma vez por noite pode ser aceitável, especialmente após um período de alto consumo de líquidos.
Contudo, uma frequência superior pode indicar noctúria e requerer atenção médica. Essa condição pode prejudicar a qualidade do sono e, consequentemente, a saúde geral.
Causas mais comuns da urinação noturna:
- Consumo excessivo de líquidos noturnos, sobretudo cafeína ou álcool;
- Distúrbios do sono, como apneia;
- Condições médicas, como diabetes ou insuficiência cardíaca.
Entendendo a bexiga hiperativa
As causas da bexiga hiperativa são variadas, incluindo disfunções neurológicas, alterações hormonais, irritações na bexiga e envelhecimento.
Todas essas condições podem comprometer a capacidade da bexiga de armazenar urina e aumentar sua sensibilidade ao enchimento.
O ciclo do sono interrompido leva à fadiga e a problemas de concentração. Além disso, o medo de vazamentos pode limitar a interação social, afetando o bem-estar emocional e mental de quem sofre desta condição.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da bexiga hiperativa inclui histórico médico e exames específicos. A avaliação pode envolver testes de urina, diários de micção e estudos urodinâmicos.
O tratamento é personalizado e pode incluir mudanças no estilo de vida, terapias comportamentais, medicamentos e terapias avançadas.
Quando procurar ajuda médica?
Se a frequência urinária afeta sua vida, é vital buscar orientação médica. Ignorar os sinais pode resultar em complicações, como infecções recorrentes e problemas psicológicos.
Dr. Alexandre Sallum Bull reforça que um diagnóstico precoce pode transformar a vida de quem lida com essa condição tratável.
* Com informações de D24 AM Saúde.