Nomes que sumiram: IBGE revela queda de popularidade nos registros

Antigos nomes populares estão cada vez mais raros em cartórios brasileiros.



Os nomes que já foram comuns em gerações anteriores têm desaparecido dos registros civis no Brasil. Essa mudança reflete uma transformação nos gostos e preferências dos pais de gerações mais recentes ao nomear seus filhos.

De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nomes como Maria e José ainda dominam os registros, com milhões de batismos.

Em contrapartida, outros nomes, que foram populares no passado, agora acumulam menos de 10 mil registros por ano. A mudança de tendência é evidente, e algumas opções podem estar perto do esquecimento.

Nomes para recém-nascidos variam bastante conforme as gerações avançam – Imagem: reprodução/Daniel Duarte/Pexels

Nomes que perderam popularidade

Entre os nomes que caíram em desuso estão Agenor, Ataíde, Celestina e Delfina. Atualmente, “apenas” 28.397 pessoas se chamam Agenor no Brasil.

Já Celestina, um nome feminino popular no passado, agora conta com apenas 4.855 pessoas registradas; veja os números:

  1. Agenor: 28.397 registros;

  2. Ataíde: 13.165 registros;

  3. Celestina: 4.855 registros;

  4. Clotilde: 9.103 registros;

  5. Delfina: 5.445 registros.

Nomes a partir da década de 2010

Já na última década, de acordo com a Arpen, o nome Miguel liderou, seguido de Arthur. Entre os femininos, Maria Eduarda foi destaque. Uma escolha comum para meninos que caiu muito a partir de 2010 foi Enzo, que não apresentou números expressivos de registro.

Além disso, foi observada uma propensão por nomes curtos e simples entre os brasileiros. Em 2020, Miguel, Arthur e Theo foram bastante escolhidos.

Essa preferência reflete um afastamento dos nomes compostos, que dominavam o ranking de 2018 e 2019. Já em 2020, um nome antigo voltou a ser muito escolhido para as meninas — Helena teve 22.166 registros.

Veja a lista geral com os 10 nomes mais escolhidos para bebês na década de 2010:

  1. Miguel: 321.644 registros;

  2. Arthur: 287.886 registros;

  3. Davi: 248.066 registros;

  4. Gabriel: 223.899 registros;

  5. Maria Eduarda: 214.250 registros;

  6. Alice: 193.788 registros;

  7. Heitor: 154.237 registros;

  8. Pedro Henrique: 154.232 registros;

  9. Laura: 153.557 registros;

  10. Sophia: 147.579 registros.

O levantamento revela que, enquanto alguns nomes se tornaram obsoletos, outros mantêm sua força, e a tendência atual é de nomes breves, o que demonstra uma mudança significativa em comparação com as gerações passadas, apreciadoras de nomes compostos.




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