O ano de 2025 inicia com grande expectativa para os servidores públicos federais, devido ao anúncio de medidas de recomposição salarial pelo governo. Contudo, a implementação dessas medidas depende da aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional, prevista para ocorrer após o recesso parlamentar, em fevereiro.
Mais de 45 carreiras públicas foram contempladas nas negociações realizadas em 2024. O objetivo principal é recompor o poder de compra e modernizar as estruturas de cargos e funções, atendendo às demandas de um setor estratégico para o funcionamento do país.
O impacto do reajuste salarial de servidores públicos

O reajuste salarial será pago em duas parcelas. A primeira está prevista para ocorrer entre janeiro de 2025 e abril de 2025, e a segunda será aplicada em 2026.
De acordo com estimativas oficiais, o impacto fiscal total é de aproximadamente R$ 19 bilhões, sendo R$ 16,2 bilhões destinados ao aumento dos salários dos servidores civis e R$ 3 bilhões às Forças Armadas. Além disso, há R$ 303 milhões previstos para bônus de eficiência e produtividade a auditores fiscais.
Esses números refletem um esforço do governo para equilibrar as demandas por recomposição salarial com as restrições fiscais, buscando atender à Lei de Responsabilidade Fiscal. Todavia, a aprovação do orçamento é essencial para garantir a execução do aumento.
Quando o reajuste será efetivado?
Apesar do anúncio, há incertezas sobre os prazos de pagamento. Para servidores efetivos, o reajuste será retroativo a janeiro de 2025, mas os valores adicionais só serão incluídos na folha de pagamento após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Para cargos comissionados, o pagamento será válido somente a partir de fevereiro.
Esse cenário reforça a importância do acompanhamento do tema, já que eventuais atrasos no Congresso podem impactar diretamente os servidores, que aguardam por uma resposta definitiva após anos de reivindicações.
Mudanças além do salário
O reajuste salarial de servidores públicos não se limita ao aumento de valores. A reestruturação de cargos e carreiras também faz parte do pacote, afetando mais de 86% dos servidores federais. Entre as novidades está o aumento para 20 níveis de progressão em diversas carreiras, permitindo maior ascensão ao longo do tempo.
Com essas medidas, o governo busca modernizar o serviço público, conciliando demandas por melhores condições de trabalho com um planejamento fiscal responsável. A implementação, no entanto, dependerá de articulações políticas e agilidade na aprovação do orçamento.