Cores que você NÃO deve usar na Quaresma — e os motivos por trás disso

Na Quaresma, o roxo predomina, mas algumas outras cores são evitadas por tradição. Veja quais são e o significado por trás delas.



Estamos no período da Quaresma, um tempo de reflexão e preparação para a Páscoa no calendário cristão.

Esse período de 40 dias convida os fiéis à introspecção, penitência e oração, sendo marcado por símbolos que reforçam sua importância. Entre esses elementos, está o uso das cores litúrgicas, que carregam significados profundos dentro da tradição cristã.

Na Quaresma, o roxo é a cor predominante, representando penitência e preparação espiritual. No entanto, algumas cores são evitadas por simbolizarem festividade e alegria, sentimentos que contrastam com a sobriedade desse período.

O significado das cores na Quaresma

O roxo simboliza penitência e reflexão, tornando-se a cor oficial da Quaresma na tradição cristã. (Foto: Coompia77/Getty Images)

Na liturgia cristã, cada cor possui um simbolismo específico. O branco e o dourado, por exemplo, são tradicionalmente associados a momentos de celebração, como a Páscoa e o Natal, e, por isso, não costumam ser utilizados durante a Quaresma.

O verde, por sua vez, representa o “tempo comum” da igreja e dá lugar ao roxo, que sinaliza recolhimento e penitência.

O vermelho, que simboliza o martírio e o Espírito Santo, aparece apenas em momentos específicos, como no Domingo de Ramos, quando se recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e o início de sua Paixão. Já tons vibrantes, como amarelo e laranja, podem ser evitados por remeterem à alegria e festividades.

Além disso, segundo a astróloga Márcia Sensitiva, em entrevista ao UOL, cores como preto, marrom e roxo também podem ser evitadas por algumas tradições espirituais que acreditam que esses tons atraem energias negativas.

No entanto, vale ressaltar que essa percepção não é uma regra dentro do cristianismo, sendo mais associada a crenças místicas e esotéricas.

Penitência e práticas

A Quaresma é um período marcado por práticas espirituais que incentivam o desapego e a reflexão. Entre as mais comuns estão o jejum, a abstinência de carne às sextas-feiras e a intensificação das orações.

Muitos fiéis também escolhem abrir mão de algo significativo, como doces, redes sociais ou hábitos considerados prejudiciais, como forma de exercitar o autocontrole e a entrega espiritual.

Outro aspecto importante é a caridade, refletindo o ensinamento cristão de ajudar o próximo. Muitas igrejas promovem campanhas de arrecadação de alimentos e doações para comunidades carentes, reforçando o sentido de solidariedade e serviço ao longo da Quaresma.

A história da Quaresma e seus 40 dias

A origem da Quaresma remonta aos primeiros séculos do cristianismo e tem como referência os 40 dias que Jesus passou no deserto em jejum e oração, enfrentando tentações antes de iniciar sua missão pública.

Esse número, aliás, possui um forte significado bíblico, aparecendo em outros momentos importantes, como os 40 anos em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto e os 40 dias do dilúvio na história de Noé.

Desde então, a igreja instituiu esse período como um tempo de preparação para a Páscoa, incentivando os fiéis a vivenciarem um caminho de conversão. Hoje, a Quaresma continua sendo um momento de recolhimento espiritual para milhões de cristãos ao redor do mundo, que buscam fortalecer sua fé e renovar seus compromissos religiosos.

Embora as cores e as práticas possam variar entre tradições e interpretações, o principal propósito da Quaresma permanece o mesmo: um tempo de reflexão, penitência e esperança, preparando os corações para a celebração da ressurreição de Cristo.




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