Empresa promete ‘ressuscitar’ animais pré-históricos até 2028; entenda

Dentre as espécies focalizadas estão o dodô, o mamute-lanuso e o tigre-da-tasmânia.



A ideia de trazer de volta à vida espécies extintas pode parecer um enredo de ficção científica, mas está mais próxima da realidade do que se imagina.

A Colossal Biosciences, uma empresa de biotecnologia, anunciou um plano audacioso para ressuscitar mamíferos pré-históricos até 2028.

As tecnologias de edição genética, fundamentais para esse feito, avançaram significativamente, aproximando-se da concretização desse objetivo visionário.

Entre os projetos da Colossal, o destaque é o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), que desapareceu há cerca de 4.000 anos.

A empresa planeja utilizar células de elefantes asiáticos para criar um híbrido geneticamente semelhante ao mamute. Se for bem-sucedida, o nascimento do primeiro “bebê mamute”, até 2028, marcará um ponto crucial na ciência da desextinção.

Projetos mais ambiciosos

A Colossal não se limita ao mamute-lanoso; há também planos para reviver o dodô e o tigre-da-tasmânia. Esse esforço não visa apenas à ressurreição, mas também à restauração de habitats e à preservação da biodiversidade.

A introdução do mamute na tundra siberiana, por exemplo, pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas, restaurando ecossistemas e ampliando o sequestro de carbono.

Representação artística do dodô, ave que pode ser “ressuscitada” em breve – Imagem: Wikimedia Commons/reprodução

Esforços adicionais de conservação

Além da desextinção, a Colossal está envolvida na proteção do rinoceronte-branco-do-norte e no desenvolvimento de vacinas para elefantes.

Desde sua fundação em 2021, a empresa arrecadou mais de US$ 435 milhões. Esse financiamento mostra a confiança dos investidores no potencial revolucionário das tecnologias que a empresa está desenvolvendo.

Desafios e perspectivas éticas

A desextinção já teve um exemplo parcial de sucesso com o bucardo (Capra pyrenaica pyrenaica), nos Pireneus. Em 2003, um filhote de bucardo clonado nasceu, mas morreu devido a uma malformação pulmonar.

Apesar do desfecho, o experimento comprovou a viabilidade técnica da clonagem de espécies extintas, levantando, contudo, questões éticas e científicas sobre a reintrodução desses animais em ambientes alterados.

Embora haja debates sobre a reintrodução de espécies em habitats modificados, os avanços na genética e biologia podem revolucionar a forma como a humanidade interage com o mundo natural.

A Colossal Biosciences está na vanguarda dessa jornada, trazendo novas esperanças para a preservação ecológica e inovação científica.




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