Viver mais de um século e manter a lucidez até o fim da vida é um feito raro. Maria Branyas Morera, reconhecida pelo Guinness World Records como a pessoa mais velha do mundo em 2023, alcançou essa marca extraordinária aos 117 anos.
Durante sua vida, ela testemunhou momentos históricos marcantes, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, além de sobreviver à pandemia de gripe de 1918 e à Covid-19.
Mas qual foi o segredo dessa longevidade impressionante? Questionada sobre isso, Maria atribuiu sua vida longa a uma combinação de boa genética, sorte e uma rotina tranquila, sem preocupações excessivas.
Entretanto, estudos científicos indicam que outros fatores também contribuíram para sua saúde prolongada.
O papel da genética e da microbiota intestinal

Pesquisadores da Universidade de Barcelona analisaram o DNA e a microbiota intestinal de Maria Branyas e descobriram detalhes impressionantes sobre seu organismo.
Seu corpo parecia desafiar o tempo: suas células funcionavam como as de alguém 17 anos mais jovem. Essa característica pode ter sido uma das chaves para sua resistência a doenças e para o envelhecimento mais lento que impressionou os cientistas.
Além disso, sua microbiota intestinal – composta por trilhões de microrganismos que influenciam desde a digestão até a imunidade – tinha uma composição semelhante à de uma criança. Esse equilíbrio fortaleceu seu organismo, ajudando a reduzir inflamações e a absorver melhor os nutrientes essenciais.
A pesquisa reforça a teoria de que a diversidade de bactérias benéficas no intestino pode ser um dos segredos para uma vida longa e saudável.
Hábitos alimentares e estilo de vida
Se a genética teve um papel importante, a alimentação e o estilo de vida de Maria também foram determinantes para sua longevidade. Ela seguia a tradicional dieta mediterrânea, repleta de frutas frescas, vegetais, azeite de oliva e laticínios fermentados, como iogurte – alimentos que estimulam o crescimento de bactérias benéficas no intestino.
Mas não foi apenas o que ela comia que fez a diferença. Maria levava a vida com leveza, evitava estresse desnecessário, mantinha uma rotina tranquila e valorizava a convivência com outras pessoas. Além disso, o hábito de se manter ativa e preservar boas noites de sono ajudou-a a manter sua energia e lucidez até os últimos anos de vida.
Dicas para aumentar a longevidade
Embora a genética tenha sua influência, os hábitos diários podem fazer toda a diferença na busca por uma vida longa e saudável. Algumas práticas que podem ajudar incluem:
- Alimentação balanceada: preferir alimentos naturais e ricos em nutrientes, evitando ultraprocessados.
- Atividade física regular: manter o corpo em movimento reduz o risco de doenças cardiovasculares.
- Redução do estresse: encontrar maneiras de relaxar, como meditação e contato com a natureza.
- Sono de qualidade: dormir bem ajuda a regenerar o organismo e fortalecer o sistema imunológico.
- Interação social: cultivar amizades e laços familiares pode melhorar a saúde mental e emocional.
Maria Branyas viveu para contar sua história e se tornou um exemplo de longevidade. Seus hábitos simples e saudáveis reforçam a ideia de que, embora não possamos controlar a genética, podemos fazer escolhas que aumentem nossas chances de uma vida longa e plena.