No domingo (29/6), entrou em vigor na França uma medida robusta que proíbe a população de fumar em vários espaços públicos. A decisão, que deveria entrar em vigor em 1º de julho, foi adiantada por meio de decreto publicado no Diário Oficial no dia anterior.
Os locais abrangidos pela proibição incluem praias, parques, jardins públicos e pontos de ônibus. Além disso, áreas próximas a bibliotecas, piscinas, instalações esportivas e escolas também estão incluídas na restrição.
Nesses locais, está proibido fumar cigarros “em um perímetro de pelo menos 10 metros”, informou o Ministério da Saúde e da Família francês.
Proibição pretende proteger crianças
A nova norma visa proteger populações vulneráveis, especialmente crianças. No entanto, a decisão não menciona os cigarros eletrônicos, já que o foco está na proteção contra o fumo tradicional.
Catherine Vautrin, ministra da Saúde e da Família, destacou a importância da iniciativa, afirmando que “o tabaco deve desaparecer dos locais onde há crianças”. Esse esforço busca assegurar que os pequenos tenham o direito de respirar ar puro, livre de fumaça tóxica.
Consequências para os infratores
Os indivíduos que violarem a proibição estarão sujeitos a uma multa de 135 euros (R$ 867), mas o valor pode chegar a 750 euros (R$ 4,8 mil).
A adesão a essas novas regras é incentivada, especialmente dado o apoio majoritário da população francesa: uma pesquisa recente revelou que 62% dos cidadãos concordam com a medida.
Exclusões e estatísticas alarmantes
Importante notar que os terraços de cafés não estão incluídos na proibição, permitindo que os fumantes ainda tenham algumas opções ao ar livre.
Contudo, as estatísticas são alarmantes: aproximadamente 75 mil mortes anuais na França estão relacionadas a complicações do tabaco, reforçando a urgência da medida. A exposição passiva à fumaça causa entre 3 e 5 mil mortes por ano.
Com a decisão, a França dá um passo significativo para melhorar a saúde pública, ao mesmo tempo em que atende ao desejo do cidadão por ambientes mais saudáveis. Cabe agora à população respeitar e apoiar a implementação desta importante legislação.