Em coletiva após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre um possível retorno do auxílio emergencial. No entanto, o benefício deve ser continuado somente para a metade da população que recebia em 2020.
“Em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade já retorna para os programas sociais já existentes. E isso nós vamos entender rapidamente, porque a situação do Brasil exige essa rapidez”, declarou Guedes.
Segundo o ministro, das 64 milhões de pessoas que receberam a ajuda, 26 milhões já estão cadastradas em outros programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família. Guedes disse que o foco, no momento, e socorrer aqueles que não recebem nenhuma outra ajuda do governo, os chamados “invisíveis”.
“O outro grupo, que era os invisíveis, é esse que nós estamos agora focalizando a ajuda. É possível, nos temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios. É isso que estamos avaliando juntos”, afirmou Guedes.
Orçamento
Tanto Guedes quanto Pacheco possuem discurso semelhante quando o assunto é a renovação do auxílio emergencial. Para ambos, o eventual pagamento de mais parcelas está sujeito à criação de um novo marco fiscal que trave demais gastos do governo.
“A pandemia continua, e agora eu vim ao ministro da Economia externar, o que é uma preocupação do Congresso Nacional”, disse o presidente do Senado sobre a volta do benefício. Pacheco declarou ainda que é necessário ter “cautela” em relação ao orçamento federal para evitar que “as coisas piorem”.
Guedes, por sua vez, se mostrou positivo em relação ao pedido de Pacheco. Porém, ressaltou novamente a necessidade de se respeitar o teto de gastos públicos. “É muito importante que seja dentro de um quadro de recuperação das finanças”, disse.
Pago em 2020 para o grupo de trabalhadores informais, desempregados, autônomos e microempreendedores individuais, o auxílio emergencial teve inicialmente cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil, no caso de mulheres monoparentais. Posteriormente, foram oferecidas outras quatro rodadas residuais, mas com valor reduzido para R$ 300 ou R$ 600, em se tratando de mães chefes de família.
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