‘Não me arrependo de nada’, diz ex-ministro Sergio Moro sobre Lava Jato

Ex-ministro Sergio Moro se pronuncia durante live com outros empresários e políticos.



O ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal, Sergio Moro, fez parte de uma live do grupo Parlatório. Na transmissão online, Moro comentou sobre a tentativa de criação de uma narrativa em que ele e procuradores possuem interesses ambiciosos de prejudicar políticos.

“Quando se fala em criminalização da política pela Lava Jato, isso é uma grande bobagem. O que havia são pessoas que receberam ou que pagaram suborno”, disse.

“Dá para tocar [Edith] Piaf [cantora francesa] ao fundo. Non, je ne regrette Rien. Não me arrependo de nada. Foi um trabalho importante, reconhecido pela população brasileira”, acrescenta o ex-ministro.

Pronunciamento

Após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dizer ter havido parcialidade do ex-juiz no caso do triplex de Guarujá, no litoral paulista, acarretando na condenação do ex-presidente Lula, esse foi o seu primeiro pronunciamento público.

No entanto, Moro já tinha emitido nota oficial a respeito da decisão. O ex-ministro afirmou estar tranquilo em relação a sua postura no caso de Lula.

Além disso, Moro falou sobre a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, ao determinar anular as condenações de Lula. “Sempre tratei o STF com o máximo respeito, mas a decisão de revisão da jurisprudência das execuções da primeira instância foi uma decisão errada, uma decisão infeliz”, disse.

Operação Lava Jato

Sergio Moro defendeu o trabalho da Operação Lava Jato e afirmou que a luta contra a corrupção “tem sofrido retrocesso”.

“Temos que nos perguntar hoje onde estão os bons exemplos. O que foi feito em matéria de combate à corrupção como bons exemplos, considerando os últimos acontecimentos? Que tipo de mensagem estamos passando para dentro e fora do país?”, argumenta.

Na ocasião, empresários e alguns parlamentares também participaram da transmissão. Entre os nomes mais populares estão os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales.

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