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Metade dos eleitores não votaria jamais em Lula ou Bolsonaro, diz pesquisa

Índices de rejeição dos possíveis candidatos são impactantes. Levantamento ouviu 1.200 pessoas entre os dias 8 e 11 de março.



O agravamento da pandemia de coronavírus, associado à insatisfação com a classe política, sobretudo em razão do mau uso do dinheiro público no combate à crise, traz novas perspectivas ao olhar dos brasileiros sobre eventuais candidatos às eleições de 2022.

Segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA – proposta que junta o braço de análise de investimentos da EXAME, a Exame Invest Pro, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública – os índices de rejeição dos possíveis candidatos são impactantes.

O levantamento, que ouviu 1.200 pessoas entre os dias 8 e 11 de março, trouxe os seguintes resultados: cerca de 59% não votariam de jeito nenhum em Fernando Haddad (PT), já outros também 59% disseram que não votariam no paulista João Doria (PSDB) para ocupar o posto no Palácio do Planalto. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula versus Bolsonaro

Em se tratando do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cerca de 45% dos eleitores não votariam em hipótese nenhuma, 26% o escolheriam com certeza e de 15% ainda não se decidiram.

No mesmo panorama de elegibilidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recém-absolvido das condenações de corrupção oriunda na operação Lava Jato, também recebe alta rejeição, em que 47% dos entrevistados disseram que jamais votariam nele. Por tudo isso, é perceptível que o fenômeno atinge com força todos os presidenciáveis.

“O anti-petismo e o anti-bolsonarismo vem contaminando o cenário eleitoral e a taxa de rejeição dos candidatos, o que é mais perceptível entre a classe média”, explica Mauricio Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.

Vale complementar que os cidadãos que recebem mais de cinco salários mínimos, e possuem ensino superior completo, costumam apresentar um grau de repúdio maior aos nomes que podem vir a público nas próximas eleições em comparação à população com menor renda e nível educacional, que adotam uma postura mais pragmática.

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