Suculentas raras movimentam mercado ilegal que ameaça ecossistemas

Comércio obscuro de variedades da planta coloca em risco algumas espécies e ameaça a biodiversidade do planeta.



As suculentas são plantas muito desejadas por quem gosta de ter a casa bonita e enfeitada. Essas espécies com cores e formatos diferentes apresentam algumas variedades raras, que no mercado chegam a custar valores de quatro e até cinco dígitos.

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O problema é que a demanda pelas raridades criou um mercado internacional que ameaça muitas espécies em extinção. Em alguns lugares do mundo, pessoas má intencionadas arrancam as plantas de seus habitats naturais e entregam nas mãos de comerciantes.

Depois de deixar esses locais, elas vão parar na América do Norte, Europa e Ásia, processo que impacta ecossistemas e coloca em risco a existência dessas espécies.

Quase um terço das suculentas do mundo existem na África do Sul, onde segundo o Business Insider. No país, o problema do contrabando de plantas vem ganhando força em meio a grande apreensões. Recentemente, 60 mil Conophytum colhidas ilegalmente foram encontradas com sul-coreanos na Cidade do Cabo.

Um criminoso norteamericano ligado à loja Never Enough Cactus, sediada em Los Angeles, chegou a fugir do país africano com oito mil Conophytums. O homem foi condenado a dois anos de prisão e proibido de voltar à África do Sul.

Problema mundial

Não é só na nação africana que o contrabando de plantas é uma grande questão. Em 2020, mais de mil cactos raros vindos do Chile foram apreendidos Itália. Os participantes da Operação Atacama estimam seu valor no mercado paralelo chegaria a US$ 1,2 milhão.

Remover suculentas centenárias desequilibra ecossistemas delicados e ameaça certas espécies de extinção. Atualmente, mais de 30% das quase 1.500 espécies de cactos existentes no mundo correm o risco de desaparecer para sempre.

Segundo o The New York Times, a maneira certa de coibir a prática passa pelos colecionadores influentes, que devem exigir mais transparência de seus fornecedores. Para o futuro, já se fala na criação de padrões éticos e regras para comercialização desse tipo de planta, semelhantes às adotadas para produtos orgânicos.




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