A aumento da inflação dos alimentos tem preocupado os brasileiros e reduzido significativamente seu poder de compra. Atualmente, a cesta básica custa mais metade do salário mínimo (R$ 1.212) em várias cidades do país.
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A subida dos preços é generalizada e causada por uma série de fatores. O câmbio, por exemplo, deixa os fertilizantes mais caros e eleva o custo de produção. O mesmo acontece com os combustíveis, já que o que o transporte rodoviário predomina no país.
Somado a esses fatores está a pandemia de Covid-19, que afetou o mundo todo e segue tendo consequências na economia do Brasil. Logo em seguida veio a guerra na Ucrânia, que abalou o mercado global de gás natural e petróleo.
Quando a inflação vai dar trégua?
Considerando que nossa economia faz parte de uma cadeia global muito maior, a redução da inflação também depende de muitos fatores externos e internos. Uma das alternativas que já está sendo adotada pelo governo é a adoção de políticas monetárias voltadas para reduzir o consumo.
Com menos demanda, os preços caem e a inflação dá um alívio. Contudo, para que os alimentos de fato fiquem mais baratos, é necessário haver uma melhora no cenário econômico mundial.
Cesta básica
A cesta básica nacional atingiu uma variação histórica nos últimos 12 meses, mostram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somados, os 13 itens que a compõe subiram 67% no período, com destaque para café moído (67,01%), tomate (55,62%), batata (54,3%) e açúcar (35,74%).
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou um levantamento que mostra que a cesta básica chega a custar em média R$ 777,93 em São Paulo, mais da metade do salário mínimo em vigência. O ranking segue com Florianópolis (R$ 772,07) e Porto Alegre (R$ 768,76).