Destaques do dia: Nova queda nos preços de gasolina e diesel; Correios usa lucro para reajustar salários; Inflação ao consumidor sobe acima do esperado nos EUA; BC avalia criação de reserva em dólar

Inflação ao consumidor acima do previsto nos Estados Unidos e reserva internacional do Banco Central estão entre os principais assuntos.



A semana está agitada com notícias econômicas nacionais e internacionais. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou dados que mostram que os preços da gasolina e do diesel voltaram a cair nos postos brasileiros.

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Ainda no cenário doméstico, o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, confirmou que parte dos lucros obtidos pela empresa serão usados no reajuste dos salários, benefícios e funções de seus funcionários. Enquanto isso, o Banco Central avalia a criação de uma reserva internacional para se proteger das variações do dólar.

Outro assunto importante é a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que superou a previsão do mercado e deve afetar a taxa de juros do país. Confira mais detalhes nos destaques desta quarta-feira, 14.

Preços de gasolina e diesel voltam a cair

Os preços da gasolina e diesel tiveram uma nova queda nos postos de combustível do país. O levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compara a semana encerrada em 9 de julho com a semana anterior.

O preço médio nacional da gasolina recuou de R$ 5,17 para R$ 5,04 (-2,51%). A redução reflete o corte anunciado pela Petrobras em suas refinarias no dia 2 de setembro, quando o combustível passou de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro (-7,08%).

Por sua vez, o diesel ficou 0,28% mais barato para as distribuidoras, de R$ 6,90 para R$ 6,88 o litro. Segundo especialistas, os valores seguem altos porque o aumento de demanda causado pela guerra da Ucrânia elevou as cotações no mundo todo.

Já o preço médio do gás de botijão (GLP) subiu de R$ 111,57 para R$ 111,91 no mesmo período. Ontem, 13, a Petrobras anunciou anunciou um corte de 4,7% no preço do item.

BC pode criar reserva em dólar

O Banco Central analisa a criação de um “colchão” para lidar melhor com as oscilações do câmbio. Segundo membros da equipe econômica, a ideia é estabelecer uma meta para reservas invencionais.

O plano é definir uma meta e estabelecer bandas de oscilação para o total de reservas. Quando o valor estiver acima do teto da meta, o montante será reduzido. Quando ficar abaixo, o BC deverá comprar ativos.

Os ativos administrados pela autarquia atualmente somam US$ 339,6 bilhões e servem para proteger o país contra crises e para conter oscilações atípicas do real frente ao dólar. Em outras palavras, essa espécie de poupança é a garantia de que o país poderá assegurar dólares para empresas nacionais garantirem contratos já fechados no exterior em caso de turbulência econômica.

As discussões são conduzidas pela Secretaria de Política Econômica e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em meio a um cenário de máxima no preço do dólar. A previsão é que as cotações, que atingiram o recorde em duas décadas, permaneçam pressionando a inflação em 2023.

Correios distribui lucros entre os funcionários

Os Correios anunciaram a utilização do lucro financeiro apurado no ano passado para reposição integral da inflação nos salários de seus funcionários. De acordo com o presidente da empresa, Floriano Peixoto, o acordo coletivo já foi fechado.

“Isso é uma questão de justiça e um dever constitucional da empresa para a nossa força de trabalho, o nosso bem maior”, disse Peixoto em entrevista.

O lucro apurado em 2021 foi de R$ 3,7 bilhões, melhor resultado dos últimos 22 anos. O montante será usado no reajuste de salários, funções e benefícios dos empregados.

“O que a gente observa hoje é que nossos empregados estão profundamente comprometidos e dedicados aos melhores resultados”, completou o executivo.

Inflação ao consumidor sobe 8,3% nos EUA

O índice de preços ao consumidor teve alta mensal de 0,1% em agosto nos Estados Unidos, levando a um acumulado de 8,3% em 12 meses. O resultado revela uma desaceleração em relação a julho, quando o CPI (na sigla em inglês) ficou em 8,5%.

Os dados sobre a inflação, divulgados pelo Departamento do Trabalho norteamericano, estão além do esperado pelo mercado. A expectativa dos analistas era de deflação de 0,1% na comparação mês a mês e de alta de 8,1% na anual, de acordo com a Refinitiv.

A alta foi puxada pelos custos com moradia, alimentação e assistência médica, e compensando em parte pela queda de 10,6% no índice de gasolina.

O CPI é um dos indicadores considerado pelo Federal Reserve no momento de definir a taxa básica de juros dos EUA. A expectativa é que o órgão anunciará um aumento de 0,75 ponto percentual nos juros em sua próxima reunião.




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