Banco24Horas vai liberar saques em dólar digital USDT em novembro

No caso da operação inversa, de reais para USDT via depósito em espécie, o lançamento está previsto para o início de fevereiro de 2023.



A rede Banco24Horas vai disponibilizar saques em dinheiro da moeda digital Tether USD (USDT), que possui paridade com o dólar. Serão 24 mil caixas eletrônicos oferecendo essa funcionalidade, que começa a valer a partir de 3 de novembro.

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O objetivos, segundo a empresa, está em atingir a população desbancarizada do país, ou seja, aqueles que não possuem conta em nenhuma instituição. É o que explica Paolo Ardoino, diretor de tecnologia da Tether.

“Adicionar tokens de Tether a caixas eletrônicos no Brasil oferece a oportunidade de incluir mais pessoas no sistema financeiro”, disse. “Isso trará grandes mudanças não apenas para o setor de pagamentos, mas para todo o ecossistema financeiro brasileiro”, acrescentou.

Como vai funcionar o serviço?

Segundo a empresa, o saque vai envolver a conversão da criptomoeda USDT em reais, conforme a cotação do momento. A operação será feita por meio da startup brasileira SmartPay, encarregada de realizar intermediações entre a TecBan, responsável pelos caixas da Banco24Horas, e a Tether no Brasil.

A Celcoin, Instituição de Pagamento (IP) com regulação pelo Banco Central, fará a conexão com o sistema de pagamentos brasileiro. Será preciso gerar uma ordem informando CPF, e-mail e o valor que será convertido. Depois de enviar o USDT ao endereço fornecido, o usuário recebe um código que deverá ser usado para finalizar o saque digital em caixas eletrônicos do Banco24Horas.

“O usuário visita o nosso site e geramos um endereço de Tether para ele fazer a transferência. Em seguida fornecemos um código para realizar o saque, junto com o CPF, no caixa eletrônico”, explica Rocelo Lopes, CEO da SmartPay.

O executivo também explica que o usuário poderá enviar USDT para saques a patir de carteiras digitais, como a TrustWallet, ou por meio de exchanges de criptomoedas que utilizem a rede Tron – a ferramenta é conhecida por cobrar taxas mais baratas pelas transações.

Opção inversa está nos planos

Depois do lançamento dos saques de USDT em novembro, o próximo passo das empresas será a oferta da opção inversa, ou seja, da conversão em reais para USDT. A previsão é de que isso seja feito através de depósitos em espécie nos caixas eletrônicos da rede da TecBan. A implementação está prevista para começar em fevereiro, na adesão de 4 mil terminais.

Atualmente, a USDT é considerada a maior stablecoin (criptomoeda estável) do mundo, com avaliação de US$ 68 bilhões no mercado. Por cada token USDT, paga-se o valor de US$ 1. Segundo dados da empresa, mais de US$ 1,4 bilhão foi operacionalizado em USDT apenas no Brasil.




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