Sem trégua: preço da gasolina sobe pela 5ª semana seguida

Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre o preço médio dos combustíveis revela tendência de alta.



A gasolina ficou mais cara nos postos brasileiros pela quinta semana consecutiva no período entre 6 e 12 de novembro. O preço médio nacional do combustível subiu 0,8% em relação aos sete dias anteriores, de R$ 4,98 para R$ 5,02 o litro.

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Os dados da pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o produto voltou ao patamar de R$ 5, onde não figurava desde o início de setembro. A notícia não é boa para o bolso do consumidor.

O preço mais alto foi encontrado em um posto de São Paulo, onde o litro da gasolina era vendido a R$ 7,54. Mesmo sem novos aumentos nas refinarias da Petrobras há 76 dias, o combustível acumula alta de 4,8% desde o dia 2 de outubro.

Diesel e etanol

O diesel e o etanol também ficaram mais caros na semana passada. O diesel subiu 0,15%, de R$ 6,58 para R$ 6,59, seu segundo avanço semanal. O maior preço registrado foi de R$ 8,52 o litro.

Já o etanol também disparou 2,43% em apenas uma semana, de R$ 3,70 para R$ 3,79. Após a sexta alta seguida no preço, o valor mais alto encontrado foi de R$ 6,10.

O que explica a alta?

O movimento é resultado dos reajustes praticados por refinarias privadas, como a de Mataripe (BA). Outros motivos que contribuíram com a alta são os protestos que fecharam as estradas e o aumento nos preços do álcool anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina.

Em junho, a ANP registrou preços acima de R$ 7, algumas vezes até superiores a R$ 8, em meio a um período de alta histórica dos preços dos combustíveis. Para conter o avanço, o governo cortou tributos e limitou o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos estados a 18%.

Mesmo com as recentes altas, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a defasagem média no preço da gasolina e do diesel está em 5%. Em outras palavras, os valores praticados pela Petrobras ainda R$ 0,17 e R$ 0,24 mais baratos do que no exterior, respectivamente.




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