A Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos EUA, desenvolveu um modelo de IA (Inteligência Artificial) capaz de calcular sua idade mental. Na verdade, o experimento visa calcular a idade do cérebro a fim de constatar alguma anomalia. De acordo com as informações, a nova IA é capaz de contribuir para o diagnóstico de algumas doenças, como o Alzheimer.
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Um artigo publicado na última semana, dia 2 de janeiro, na revista Proceeding of the National Academy of Sciences (PNAS) explicou mais sobre o tema. No caso, as informações denotam que o envelhecimento do cérebro ocorre de formas bem distintas em cada pessoa. Ele é considerado o “biomarcador” para apontar o risco de doenças neurodegenerativas.
“As pessoas envelhecem em ritmos diferentes, assim como os tipos de tecidos do corpo. Sabemos disso coloquialmente quando dizemos: ‘Fulano tem 40 anos, mas parece ter 30’. A mesma ideia se aplica ao cérebro. O órgão de uma pessoa de 40 anos pode parecer tão ‘jovem’ quanto o de uma pessoa de 30 anos, ou pode parecer tão ‘velho’ quanto o de uma pessoa de 60 anos”, foi o que disse um dos pesquisadores no comunicado oficial da USC.
IA é capaz de detectar a idade do cérebro de uma pessoa
Para detectar a idade do cérebro, a IA foi abastecida com ressonâncias magnéticas de 4.681 pacientes diagnosticados como normais do ponto de vista cognitivo. No entanto, em algumas dessas pessoas, foi constatado o declínio das funções neurológicas e o aparecimento de Alzheimer. Com base nesses dados, foi criada uma rede neural capaz de prever o aparecimento dessas doenças.
O objetivo, como é de se imaginar, se concentra na capacidade de estabelecer parâmetros cerebrais capazes de identificar os padrões do citado declínio. Dessa maneira, é possível encontrar a idade do cérebro de uma pessoa e iniciar tratamentos precoces se for o caso.
De acordo com os pesquisadores, a IA oferece uma margem de erro de 2,3 anos apenas.
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