O salário mínimo em vigência no país é de R$ 1.302, conforme medida provisória assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no fim do ano passado. Esse valor ainda pode ter acréscimo, já que a promessa de campanha do presidente Lula é elevar o piso para R$ 1.320 em 2023.
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Conforme previsto na legislação, esse valor é a quantia mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador. Ela deve ser capaz de satisfazer, em qualquer região do Brasil, as necessidades vitais básicas do cidadão, bem como as de sua família.
A má notícia é que mesmo com o reajuste ocorrido no início do ano, ele está muito longe de ser o valor ideal para garantir tudo que uma família precisa no país.
Qual o salário mínimo ideal?
Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário é mais de 5 vezes maior que o real. Em dezembro de 2022, esse valor deveria ser de R$ 6.647.63.
Com essa quantia, um brasileiro consegue custear as próprias despesas e a de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Como é possível observar, o piso ideal está bem longe daquele que de fato é garantido aos trabalhadores do país.
Cesta básica
O Diesel também apurou o valor da cesta básica no país, que teve aumento de cerca de 18% nas 17 capitais pesquisadas. No fim do ano passado, o cidadão gastava aproximadamente 60% do salário mínimo apenas para custear suas despesas mensais com alimentos básicos.
As capitais onde foram registradas as maiores altas na comparação ano a ano são: Goiânia (17,98)%, Brasília (17,25)%, Campo Grande (16,03)% e Belo Horizonte (15,06)%. Em São Paulo, uma cesta básica custa R$ 791,29, enquanto na cidade de Aracaju ela sai por R$ 521,05.
