As criptomoedas são uma tendência mundial que finalmente parece ter chegado ao Brasil. Recentemente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou o início dos testes com o Real Digital, a versão digital da moeda brasileira.
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A novidade pegou muita gente de surpresa, especialmente no que diz respeito à substituição do papel. Será que o Real Digital pode tomar o lugar da versão impressa? Saiba mais a seguir.
Moeda brasileira digitalizada
Segundo informações do BC, a digitalização do real ocorrerá de forma semelhante ao processo visto com o dólar americano e o yuan chinês. A divisa não dará fim à emissão das cédulas, apenas servirá para ampliar as possibilidades de pagamento.
O real digital é uma CBDC (Central Banks Digital Currencies), como são chamadas as moedas digitais emitida por bancos centrais inseridas de forma oficial na tecnologia blockchain. Uma das principais características do blockchain é a transparência, já que as informações sobre transações e saldos das carteiras são públicas.
Mudanças para os brasileiros
Na prática, pouca coisa muda para quem já está acostumado com meios de pagamento eletrônicos, como TED, DOC e até o Pix. As principais alterações devem ocorrer nas carteiras digitais, que precisarão se tornar mais robustas para evitar vazamentos e hackers.
“Nessa economia totalmente digitalizada, o real digital vai ser a ferramenta de liquidação ideal para aumentar as eficiências e garantir que você pode atingir uma base mais ampla da população”, disse o coordenador do projeto no Banco Central, Fábio Araújo.
Os testes com o real digital começam em março e a previsão do Banco Central é que ele comece a circular a partir de 2024. Atualmente, apenas 3% do real circula de maneira física no Brasil, seja em moedas ou cédulas.