Desenrola pega só uma parte dos devedores, mas pode ser um grande alívio

Apesar do programa ficar restrito a uma parte dos devedores brasileiros, a análise dessa especialista é que ele pode ser um acerto.



O programa Desenrola foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ele só pegará uma parte dos devedores brasileiros, que já somam 70 milhões de endividados. Segundo a comentarista Míriam Leitão, a decisão tem uma justificativa lógica.

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Isso porque a iniciativa beneficiaria 37 milhões de pessoas, número que representa os endividados com renda de até dois salários mínimos. Consequentemente, na visão da especialista, seria um grande alívio para os mais vulneráveis.

A proposta está sendo desenhada e comentada, mas ainda não foi discutida amplamente fora da equipe de governo. Isso acontecerá quando o texto for editado via Medida Provisória pelo presidente e enviada ao Congresso, onde as regras podem mudar.

Como deve funcionar o Desenrola, programa que irá auxiliar parte dos devedores do país

A ideia, segundo Leitão, é que o programa funcione como uma plataforma de negociação, reunindo credores e devedores. Do lado dos credores, a ideia é ter, além de bancos e instituições financeiras, outras empresas como as fornecedoras de luz, água e telefone.

O governo entraria com um fundo garantidor, depositando dinheiro e permitindo que os credores ofereçam descontos aos endividados.

Em seu artigo, Míriam ainda comenta o cenário caótico vivido nos últimos anos, com influências da pandemia, da guerra entre Rússia e Ucrânia e a consequente subida da taxa de juros, que saiu de um patamar de 2% para 13,75% em apenas dois anos. “Nesses vários “sinistros”, como se diz na linguagem do seguro, o endividado se enrolou. E por isso o governo chega com o desenrola”, comenta.




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