O bilionário japonês Masatoshi Ito foi o responsável por transformar as simples lojas de conveniência 7-Eleven em um verdadeiro império global. Na última sexta-feira (10), ele morreu aos 98 anos, deixando parte de seus bilhões a empregados da companhia.
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Segundo a Seven & I Holdings, Ito faleceu devido a causas naturais relacionadas à idade. A empresa lamentou sua perda e agradeceu ao empresário por sua gentileza durante a vida.
“Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão a ele por sua gentileza durante sua vida”, disse a empresa.
No ano passado, Ito ficou com o 8º lugar na lista das 50 pessoas japonesas mais ricas. Seu patrimônio líquido foi avaliado em US$ 4,35 bilhões (aproximadamente R$ 22,7 bilhões).
Conheça Masatoshi Ito, o japonês que deixou parte de seus bilhões a empregados
Ito foi responsável por expandir a marca 7-Eleven em 19 países e por ter fundado a Seven & I Holdings, empresa que hoje possui quase 80 mil lojas em todo o mundo e quase US$ 80 bilhões em receita anual.
O bilionário começou sua carreira no comércio em 1958, ao assumir o comando de uma pequena loja de roupas em Tóquio administrada por sua família. Com os anos, ele transformou o negócio em uma rede de lojas que vendiam de tudo e o renomeou como Ito-Yokado. Anos depois, Ito trouxe o conceito da loja de conveniência 7-Eleven, nascida nos Estados Unidos, para o Japão, através da operadora Southland, com sede em Dallas.
Em 2005, a Ito-Yokado foi renomeada Seven & I Holdings, e Ito permaneceu como seu presidente honorário até sua morte. Além das lojas de conveniência 7-Eleven, a empresa administra os restaurantes Denny’s no Japão, possui lojas de departamentos, supermercados e empresas de serviços financeiros. Em agosto de 2020, a companhia fechou um acordo de US$ 21 bilhões para comprar os postos de gasolina Speedway da Marathon Petroleum, com sede em Ohio, nos Estados Unidos.
O fato que voltou a chamar a atenção após sua morte ocorreu em 2008, quando Masatoshi Ito fez uma doação de seis bilhões de ienes em ações a milhares de funcionários da empresa, como forma de agradecimento pela contribuição ao desenvolvimento da companhia. De acordo com o jornal Nikkei, cada beneficiário teria recebido pelo menos 300 mil ienes, o que hoje seria equivalente a R$ 11.742,97.
