Assim que a profissão de influenciador digital começou, bastava ter um perfil com milhões de seguidores para se considerar um profissional de sucesso, contudo a realidade desse mercado tem mudado constantemente, fazendo com que o número de seguidores não seja mais o parâmetro de sucesso, mas sim o engajamento que o perfil tem.
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E quem sabe disso muito bem é o Lucas Rangel, que começou a atuar nos meios digitais há dez anos. Mesmo com 60 milhões de seguidores nas redes sociais, ele não se contentou apenas com a vida de influencer, então acabou buscando as suas fontes de renda. Para isso, o influenciador se interessou pelo ramo dos negócios.
As suas empresas faturaram R$ 35 milhões somente no último ano. Mesmo que todas elas sejam digitais, já ultrapassam os limites das redes e passam pela produção de conteúdo para as relações de marketing.
Influenciador aposta no Creator Economy e ganha
De acordo com Rangel, a publicidade sempre chamou a sua atenção, porém o rapaz acreditava que nunca trabalharia com isso. “Abri minha primeira empresa em apenas dois anos na internet, com ajuda do meu pai. A ideia inicial era gerir a minha carreira online, mas logo o projeto começou a atrair amigos e outras personalidades da internet que sentiam falta de um serviço como esse”, afirmou.
A estratégia de Lucas está alinhada a um aspecto relativamente novo nos negócios digitais, a Creator Economy (“economia dos criadores”, em tradução para português). Em geral, essa economia é definida pela classe que contém mais de 50 milhões de criadores de conteúdo independentes, curadores, blogueiros, videomakers e outros.
Além disso, há também a inclusão de softwares e finanças projetadas exclusivamente para o crescimento e monetização do trabalho desses influenciadores. Dessa forma, os influenciadores que se destacam na Creator Economy são aqueles que têm um nicho específico, garantem um público altamente engajado, oferecem autenticidade e valor para as suas marcas parceiras.
Tudo isso, é claro, sendo entregue em um conteúdo de altíssima qualidade.
Investimentos de Lucas não estão presos ao digital
Ao investir o seu dinheiro, Lucas Rangel não faz todas as suas apostas somente no meio digital.
O influenciador também investe no setor imobiliário, comprando imóveis que podem acabar se tornando uma fonte de renda extra no futuro. Mesmo investindo na bolsa de valores e em ações, Rangel afirma que a sua profissão o fez procurar por caminhos mais “reais”.
“Eu aprendi com o meu pai desde muito novo que dinheiro não aceita desaforo. Assim, sempre tive o cuidado de entender que não existe mina de dinheiro e que precisamos estar sempre de olho em investir em coisas reais e palpáveis”, justificou.
De acordo com Mariana Vasconcellos, especialista de marketing na Close Fans, a preocupação de Rangel é válida, visto que o número de influenciadores nas redes sociais aumentaram, o que acaba afetando também no alcance e na atenção do público.
“Esse movimento de empreender independe do tamanho que o influenciador possui e tem mais a ver com o quanto ele pode ser bom em vender, em comunicar e conhecer o mercado no qual pretende entrar”, afirmou Vasconcellos.
