Receita Federal: Comprar em sites chineses vai ficar mais caro?

Proposta prevê obrigação de se apresentar declarações completas e antecipadas de importação.



As compras em plataformas estrangeiras, via internet, vêm ganhando força nos últimos anos pela facilidade de importação de produtos, assim como isenção de impostos para compras de até US$ 50. Contudo, agora, a Receita Federal pretende extinguir essa isenção sobre produtos importados para combater o chamado “contrabando digital”.

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Na prática, a ideia é que seja obrigatória a apresentação de declarações completas e antecipadas de importação. Elas deverão conter, inclusive, a identificação completa do exportador e do importador. Assim, se houver subfaturamento ou inconsistência nos dados, haverá multa.

Importações

Vale lembrar que hoje existe uma isenção de impostos sobre remessas internacionais que não ultrapassem o valor de US$ 50 em negociações feitas entre pessoas físicas. No entanto, a mudança proposta pela Receita Federal no que envolve o processamento de encomendas, tem como foco evitar fraudes por parte de grandes empresas estrangeiras.

Em nota, a Receita Federal avaliou o cenário. “Esse benefício é apenas para envio de pessoa física para pessoa física, mas vem sendo amplamente utilizado fraudulentamente, para vendas realizadas por empresas estrangeiras”.

Na prática, o órgão pretende adotar o mesmo tratamento para remessas, sejam elas de pessoas físicas ou jurídicas. Isso porque, as remessas de pessoas físicas de bens com valor relevante são inexpressivas e, por isso, segundo a Receita Federal, essa distinção facilita fraudes nas remessas.

Consumidores

A expectativa é que a medida diminua o tempo de espera final pela mercadoria. Isso porque, a partir da declaração antecipada, a mercadoria passa a chegar já com a entrada liberada no Brasil. Esse chamado canal verde permite que o produto siga diretamente para o consumidor.

Por fim, a Receita Federal também explica que a ação traz mais confiabilidade para os processos. “Com o tempo, o próprio consumidor vai preferir comprar de empresas confiáveis, que atendam estritamente a legislação brasileira”.




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