Novo Mais Médicos poderá pagar mais de R$ 1 milhão a profissionais

Para tentar atrair profissionais para o programa, o Mais Médico está com uma possibilidade de contrato que pode pagar mais de R$ 1 milhão.



Os profissionais do novo Mais Médicos poderão receber mais de R$ 1 milhão ao fim dos quatro anos de contrato, de acordo com o novo edital de contratação do programa liberado pelo Ministério da Saúde. O documento liberado nesta segunda (22) indica o pagamento mensal de R$ 12,3 mil, que pode ser acrescido de um valor extra por atuar em área de vulnerabilidade e de difícil fixação.

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Dessa forma, valores podem ser de R$ 60 mil até R$ 475 mil. Além disso, o edital também aumenta o tempo de vigência do contrato de três para quatro anos, sendo possível prorrogar pelo mesmo período. Ao todo, serão 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios em todo o país. Mais da metade das vagas são para cidades no Norte e no Nordeste.

De acordo com Felipe Proenço, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde da pasta, o intuito do edital é de ocupar as vagas ociosas e aumentar o atendimento na Amazônia Legal, com abertura de mil vagas na região. “2022 foi o ano em que os programas de providência encerraram com o menor número de participantes, levando em consideração os últimos dez anos. Tinham muitas equipes que estavam sem médico”, afirmou.

Bônus por permanência

O bônus será calculado dentro de dois perfis profissionais: os formandos pelo Fies e aqueles não utilizaram o financiamento. Além disso, o valor a ser recebido também irá corresponder ao tempo de permanência no programa e ao grau de vulnerabilidade da cidade em que o médico for alocado.

Desse modo, os profissionais que não utilizaram o Fies poderão receber um adicional de R$ 60 mil (10% do total das bolsas) a R$ 120 mil (20%), dependendo da vulnerabilidade do município. O incentivo será repassado após o fim de 48 meses de programa, ou podendo antecipar 30% do valor no final de 36 meses.

Já para os profissionais que se formaram por Fies, o adicional varia de R$ 238 mil (40% do valor a ser recebido no período) até R$ 475 mil (80%). Com isso, o benefício será pago em quatro parcelas, sendo 10% durante os três primeiros anos e os 70% restantes ao completar 48 meses.

Ajuda de custo para médicos

Além do benefício ao fim do programa, o edital também prevê o pagamento de uma ajuda de custo, de até R$ 36 mil para os profissionais que precisarem se mudar de seus domicílios. Além disso, é possível receber também auxílio-moradia e auxílio-alimentação a depender do município.

Com isso, os profissionais podem chegar a ganhar mais de R$ 1 milhão ao fim dos quatro anos de contrato. Contudo, de acordo com o Ministério, menos de 5% dos profissionais se enquadram nesse perfil. Para isso, será preciso ter vindo do Fies e estar se mudando para uma cidade de difícil fixação e alta vulnerabilidade.

De acordo com Proenço, grande maioria desses municípios estão no Norte e no Nordeste, assim como em regiões de fronteira. Segundo um levantamento do Estadão, conforme a tabela enviada pelo Ministério, pouco mais de 100 municípios se enquadram nesse perfil. Alguns deles são: Marechal Thaumaturgo (AC), Inhapi (AL) e Serra dos Aimorés (MG).




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