A onda da demissão em massa envolvendo as big techs, que teve início nos primeiros meses do ano, continua gerando impactos e dando o que falar no mercado corporativo. A Amazon, por exemplo, fez uma rodada de cortes e demitiu 9 mil trabalhadores em março de 2023. No fim, alcançou a marca de 30 mil funcionários dispensados.
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Desde então, o clima entre os profissionais que ficaram na companhia é de tensão, o que acabou resultando em uma dor de cabeça para os empregadores que atuam na unidade da empresa em Seattle, nos Estados Unidos. Alguns colaboradores anunciaram, no início da semana, que pretendem abandonar os seus postos de trabalho.
Na última segunda-feira, 22, os trabalhadores da unidade informaram aos superiores que pretendem deixar de exercer as funções a partir do dia 31 de maio. A mensagem foi enviada por e-mail e Slack, aplicativo de conversa.
Por que funcionários vão deixar trabalho?
A iniciativa foi impulsionada principalmente pela onda de demissões em massa, bem como pelo retorno do trabalho presencial e do posicionamento da marca acerca da Amazônia, onde alguns compromissos foram estabelecidos e não agradaram.
Em entrevista ao portal The Washington Post, um funcionário comentou que a moral foi praticamente abandonada e que o clima dominante nas conversas entre os colegas é o de preocupação. A expectativa dos organizadores nesse movimento de demissão é que mil pessoas participem. Tudo indica que o cenário também está atingindo outras gigantes da tecnologia, como a Meta e o Google.
De um lado, há uma agitação por parte dos empregados, que cada vez mais mostram uma grande insatisfação com tudo o que está acontecendo, sobretudo diante das demissões e do congelamento de contratações. Os líderes, por sua vez, continuam a receber bonificações, mesmo com os cortes acontecendo.
Já para os executivos de tecnologia da empresa, o contexto apresentado em conferências sobre os resultados da companhia é outro. A liderança fala sobre um quadro financeiro confiante e positivo. Sobre a situação, nenhuma organização citada fez comentários com detalhes.
Não é à toa que especialistas sobre o mercado de trabalho ressaltam que o sentimento despertado nos trabalhadores, após as demissões em massa, é de traição e frustração.
