Na última quinta-feira (29), o iFood, plataforma de delivery, fez um comunicado que para muitos soou surpreendente: os entregadores da plataforma terão seus ganhos reajustados acima da inflação. O aumento médio de 4,5% entrará em vigor a partir de 3 de julho, próxima segunda-feira.
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No entanto, esse é o terceiro ano consecutivo em que os valores pagos aos entregadores são reajustados levando em conta as variações nos preços dos combustíveis e a inflação registrada nos últimos 12 meses no Brasil, segundo a plataforma.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 3,74%. Com o anúncio do iFood, os entregadores terão um aumento médio de 4,5%. Além disso, o valor da rota mínima também será reajustado em 8,3%, passando de R$ 6,00 para R$ 6,50.
iFood relembra compromisso com entregadores da plataforma
No comunicado, o iFood diz reafirmar, com a iniciativa, o compromisso assumido em 2021 de revisar anualmente a política de ganhos dos entregadores em diálogo com as lideranças da categoria. O aplicativo ressaltou que o reajuste está em conformidade com o acordo firmado.
Stella Chamarelli, diretora de Experiência dos Entregadores do iFood, afirmou que a “agenda de valorização dos entregadores é prioritária para nós”, e que o aplicativo está constantemente dialogando com eles para entender suas demandas e trabalhar em conjunto para alcançar melhorias operacionais.
É importante destacar que as relações de trabalho entre entregadores e plataformas de delivery têm sido alvo de discussões há anos. Em protesto contra os valores repassados nas taxas de entrega, os profissionais já realizaram paralisações em várias cidades do país.
Há também uma discussão no governo sobre uma possível regularização desse trabalho no Brasil, mas nenhuma decisão foi tomada ainda. Uma definição trabalhista com garantias de direitos para motoristas de aplicativos e entregadores chegou a ser defendida pelo presidente Lula (PT) durante sua campanha, no ano passado.
