Ao contrário dos consumidores, os varejistas brasileiros não ficaram muito satisfeitos com a decisão do Governo Federal de zerar a alíquota do imposto de importação nas compras de até US$ 50. Com a nova decisão, as empresas internacionais de varejo, como a SHEIN, Shopee e a Aliexpress, acabam sendo beneficiadas.
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Compras livre de taxas
Em contrapartida, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) prevê prejuízos para as empresas brasileiras, causando fechamento de lojas e desemprego. Dessa forma, os representantes do IDV tiveram uma reunião neste sábado, 1, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para conversar sobre o tema.
“Essa redução é prejudicial para o varejo, para a indústria e poderá levar a um forte desemprego e fechamento de loja”, afirmou Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV. Já o ministro Haddad, não falou com a imprensa após a reunião, mas confirmou na sexta-feira, 30, que a medida estava sendo negociada tanto com empresas internacionais quando nacionais. A Fazenda busca achar um acordo e um cenário que garanta a competitividade das empresas.
Isonomia dos impostos entre empresas
De acordo com o presidente do IDV, os empresários brasileiros não querem o aumento dos impostos, mas sim a igualdade do tributo para ambos os cenários, tanto o nacional quanto o internacional.
“Não queremos aumento de impostos, mas isonomia. Que o varejo e indústria que atua aqui, com toda a folha de pagamento, tributos estaduais, federais e financeiros deve estar contemplados nessa alíquota. A alíquota estadual já foi definida [17% de ICMS], mas os demais impostos precisam estar contemplados”, afirmou Gonçalves Filho.
Já Sérgio Zimerman, presidente da Petz e conselheiro do IDV, afirmou: “Ninguém defende impostos, mas sim igualdade de tratamento”. Assim, Zimerman argumentou que “se puder ser imposto baixo para todo mundo, ok. O que não faz sentido é ter imposto mais alto para quem gera imposto no Brasil”.
Por fim, o presidente da IDV afirma que Haddad teria se comprometido a corrigir a questão a curto prazo.