Uma empresa de papel higiênico e papel toalha está sendo alvo da Polícia Civil no Espírito Santo por comercializar seus produtos em uma quantidade menor do que a informada em suas embalagens. A operação se iniciou na manhã desta segunda-feira (25), se alongando até a noite. De acordo com informações, a empresa suspeita é a Virgempel, localizada em Cariacica.
Veja também: Larvas e pelo de rato! 4 marcas de sucesso que foram autuadas pela Anvisa.
Dessa forma, a denúncia de venda irregular foi feita pela Comissão de Defesa do Consumidor, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Nos vídeos divulgados pela Polícia, é possível ver máquinas utilizadas pela empresa e alguns produtos já embalados. A operação contou com a visita do presidente da comissão, o deputado Vandinho Leite.
Em um dos vídeos, o presidente aponta a diferença na quantidade de papel higiênico embalado. “Aqui era para ter 300 metros, conforme a embalagem, mas já foi constatado que somente 180 metros”, afirmou. Além disso, o presidente mostrou também uma embalagem que deveria conter 500 metros, mas que tinha apenas 280 metros de papel. “Isso significa que o consumidor estava sendo enganado, pagando por algo que não estava recebendo”, finalizou.
Secretaria de Saúde apontou irregularidades
Nesta segunda, a Comissão de Defesa do Consumidor afirmou que já começou a ouvir os funcionários da empresa. De acordo com a Polícia Civil, a operação está em andamento e está sendo acompanhada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem). Além disso, documentos apontam que a Virgempel era responsável pelo fornecimento de papel higiênico para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Em nota divulgada, a Sesa informou que realizou a compra do papel higiênico e do papel toalha da empresa por meio da Ata de Registro de Preço, realizada em março deste ano. Assim, a Virgempel entregou dois lotes de produtos, um em maio e outro em junho, no valor de R$ 85.414.
No entanto, ao receber o produto, “a equipe administrativa começou a identificar que o material estava acabando antes do habitualmente previsto, onde foi realizada a medição manual dos produtos”, destacou a Sesa. Devido as irregularidades, a Sesa acionou os órgãos competentes, o que gerou o inquérito policial. “A Sesa aguarda o andamento da investigação para ingressar com ressarcimento do prejuízo”, afirmou.