Se você é noveleira, deve se lembrar de “A Dona do Pedaço”. A novela foi a penúltima da Globo a entrar no horário nobre da emissora antes do início da pandemia de Covid-19. Acontece que a trama foi acusada de ser um plágio e o caso foi parar na Justiça.
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Vamos relembrar. A novela, assinada por Walcyr Carrasco, trazia a história de Maria da Paz, vivida por Juliana Paes. A mulher saiu de um ambiente para lá de conturbado no interior de Espírito Santo e foi a São Paulo tentar a ganhar a vida.
Na grande capital, começou a vender bolos e se tornou uma mulher muito bem sucedida no ramo. Entretanto, com um golpe, perde tudo. E, mais uma vez, se vê obrigada a lutar para se reerguer e retomar as rédeas da própria vida.
Mulher acusou Globo de plágio
Em 2022, a cozinheira Sandra Rodrigues Campos, moradora da cidade de São José os Campos, no interior de São Paulo, entrou com uma ação contra a Rede Globo. Ela acusou a emissora de cometer plágio contra a vida dela.
Segundo a mulher, “A Dona do Pedaço” é a história da vida dela e Walcyr Carrasco escreveu a novela sem dar a ela qualquer crédito ou menção sobre isso. Sandra exigiu uma indenização de R$ 15 milhões.
Dívida milionária
Durante o processo, o Judiciário pediu provas de que a cozinheira teve a vida plagiada no folhetim. Entretanto, a mulher não conseguiu provar que a trajetória de Maria da Paz era idêntica à sua. Com isso, o juiz responsável pelo caso deu causa ganha à Globo.
Segundo a decisão, as semelhanças entre a história de Maria e Sandra não passavam de meras coincidências – e estipulou uma multa de R$ 1,5 milhão que deveria ser paga à emissora.
A cozinheira chegou a recorrer, mas o magistrado da segunda instância manteve a decisão e ainda aumentou a dívida da anônima com a Rede Globo: agora ela deve pagar R$ 1,8 milhão.
O juiz entendeu que a mulher praticou “litigância de má-fé”. Ou seja, ela sabia que a situação era falsa, mas, mesmo assim, foi à Justiça tentando se beneficiar de alguma forma.
