O paladar humano é um sentido que confere às pessoas a possibilidade de perceber os sabores dos alimentos e das bebidas. Nesse caso, é formado por papilas gustativas, que são células na língua, no palato e na garganta.
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Essas formações têm receptores que se ligam às moléculas presentes nos ingredientes e que fazem o cérebro interpretar os gostos. Logo, é possível entender esse processo a partir de uma fruta que disfarça diferentes níveis de azedo.
Veja as propriedades da fruta do milagre
A princípio, a fruta do milagre é um fruto exótico, originário da África Ocidental, que tem o nome científico de Synsepalum dulcificum. Dito isso, é pequena, vermelha e concentra um toque levemente azedo, que se altera em contato com a saliva.
Sendo assim, o que a torna especial é que ela contém uma proteína chamada miraculina, que confunde as pessoas. Afinal, ela acaba deixando alimentos azedos e amargos, doces, como se estivessem adicionando adoçante ou açúcar.
Por que a fruta deixa o sabor azedo, doce?
A fruta deixa o sabor azedo, doce, porque a miraculina se liga aos receptores de sabor doce na língua e os modifica temporariamente. Por exemplo, ao consumir limão acompanhado da fruta milagrosa, a polpa se torna adocicada.
Esse efeito incrível dura cerca de 30 minutos e pode ser revertido com a escovação dos dentes. Portanto, a glicoproteína miraculina é responsável pela sensação agradável que se estende após um período, e até reduz a dependência por doces.
Os cinco sabores e o efeito milagroso
Por fim, os paladares reconhecem cinco sabores básicos: doce, salgado, azedo, amargo e umami. Então, cada um desses grupos tem uma função biológica, como indicar a presença de energia, sais minerais, vitaminas, toxinas ou proteínas.
A fruta do milagre interfere apenas nos sabores azedo e amargo, que são os mais rejeitados, essencialmente na infância. No entanto, deve ser satisfatório experimentar a sensação milagrosa de doçura após comer um item azedo.