Um vídeo publicado no Instagram por Rodrigo Novo (@dubbrasil) mostra uma situação um tanto inusitada: o motorista, abordado pela fiscalização durante uma operação da Lei Seca na capital paulista, é reprovado no bafômetro mesmo sem ter consumido álcool.
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Mas como isso é possível? A explicação é que o teste usado é do tipo passivo, aquele com formato de bastão que não requer que a pessoa assopre diretamente no dispositivo. O que de fato causou a luz vermelha de reprovação não foi o condutor, e sim o carro.
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Qual é a explicação?
Procurada, a Polícia Rodoviária Federal informou que a situação pode ocorrer, sobretudo em veículos mais antigos ou preparados, como a Parati do vídeo. O que acontece é que os vapores que sobem desse tipo de carro são muito fortes, resultado da mistura mais rica em combustível ou de escapamentos modificados.
Em automóveis mais modernos ou sem modificações, é pouco provável que isso aconteça.
“A presença de álcool no veículo vai influenciar no teste passivo. Esse teste que o policial faz e o condutor não precisa encostar a boca no aparelho é chamado de teste passivo”, detalha o policial rodoviário federal Allison Prihl, da assessoria de imprensa da PRF.
O aparelho passivo funciona de forma diferente do bafômetro tradicional, no qual é preciso assoprar o aparelho para chegar no resultado. “Ele detecta a presença de álcool no ar, ele é bem sensível. Esse teste passivo é uma forma de triagem para poder saber se o condutor ali de antemão tem a probabilidade de ter ingerido bebida alcoólica ou não”, complementa.
O uso desse tipo de bafômetro funciona como uma espécie de teste inicial, mas ele não gera penalidades sozinho. “Após a realização do teste passivo, caso dê positivo, acende a luz vermelha e o condutor é chamado para fazer o teste zero. Se der alguma coisa, aí que vai valer”, finaliza Prihl.
O motorista de Parati mostrada nas imagens divulgadas no Instagram foi liberado após testar negativo no teste do bafômetro tradicional.
