A gripe do teflon, uma condição ligada ao uso de utensílios de cozinha antiaderentes, tem causado preocupação em unidades de saúde pelo mundo. Conhecida também como “febre da fumaça do polímero”, suspeita-se que essa condição seja decorrente da inalação de gases liberados por esses utensílios quando expostos a altas temperaturas.
Apesar de ser pouco conhecida, a gripe do teflon não é de agora. Durante as últimas duas décadas, milhares de casos suspeitos da doença surgiram em unidades de saúde ao redor do mundo.
Além disso, um levantamento feito pelo Centro Americano de Envenenamento relatou um aumento dos casos nos Estados Unidos, com 265 pessoas afetadas no último ano. Isso reacendeu debates sobre o uso de panelas antiaderentes.
Vale notar que, apesar do nome, a doença não se limita a uma marca específica, destacando a necessidade de maior conscientização sobre os riscos desses produtos.
Como a gripe do teflon acontece?
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O politetrafluoroetileno (PTFE), componente principal desses utensílios, é uma das chamadas “substâncias químicas eternas” — per e polifluoroalquil (PFAS) — que persistem no ambiente por anos. Quando supera os 260 ºC, o PTFE pode liberar gases nocivos à saúde.
Nesse contexto, pesquisas da Universidade de Newcastle revelaram que arranhões em panelas antiaderentes liberam milhões de microplásticos tóxicos. Esses fragmentos podem contaminar alimentos e o ambiente doméstico, causando preocupações adicionais sobre a segurança desses utensílios.
Apesar de o corpo humano não absorver essas partículas, prevenindo assim intoxicações severas, a exposição contínua pode trazer riscos à saúde a longo prazo.
Além disso, o estudo observou a liberação de gases em diferentes temperaturas, concluindo que utensílios antiaderentes emitem mais substâncias tóxicas a temperaturas elevadas. Ou seja, o uso em temperaturas normais não apresenta grandes riscos.
Sintomas da doença
Os sintomas da gripe do teflon, semelhantes aos de uma gripe comum, dificultam a identificação da doença. Muitas vezes, os pacientes confundem a condição com a gripe tradicional, já que os sintomas costumam desaparecer após dois dias.
Os principais sintomas são:
- Febre;
- Calafrios;
- Tosse;
- Náusea;
- Fadiga;
- Dores de cabeça.
Dicas para evitar a gripe do teflon
Para reduzir os riscos associados à gripe do teflon, é recomendado evitar o pré-aquecimento de panelas antiaderentes e cozinhar em temperaturas adequadas são medidas essenciais.
Ademais, a utilização de exaustores e a abertura de janelas também ajudam a reduzir a inalação de gases liberados durante o cozimento.
Por fim, o uso de utensílios de madeira, náilon ou silicone previne arranhões no revestimento antiaderente, diminuindo a liberação de partículas tóxicas.
