A possibilidade de alterar a cor dos olhos tem atraído um número crescente de pessoas. Um procedimento cirúrgico, conhecido como ceratopigmentação, promete realizar essa mudança de maneira permanente. Contudo, especialistas alertam sobre os perigos envolvidos.
Originalmente desenvolvida para fins médicos, a ceratopigmentação surgiu como solução para pessoas com cegueira ou baixa visão severa. Contudo, tem sido popularizada entre aqueles que desejam apenas mudar a aparência das íris.
A técnica consiste em implantar micropigmentos na córnea, alterando sua coloração. Apesar de parecer atraente, esta cirurgia é considerada de alto risco. Os custos chegam a R$ 70 mil, mas o preço não é o único obstáculo.
Quais os riscos da ceratopigmentação?
Foto: New Africa/Shutterstock
O procedimento, semelhante a uma tatuagem nos olhos, pode levar a complicações graves. Entre os riscos estão infecções, lesões na córnea e até cegueira permanente. Especialistas afirmam que o uso estético não é recomendado.
Oftalmologistas explicam que a técnica é voltada para pacientes com comprometimento visual significativo. Para fins estéticos, porém, faltam evidências de segurança a longo prazo. As complicações podem incluir aversão à luz e sensação de areia nos olhos.
Dentre as possíveis complicações, destacam-se:
- Infecções que atingem o interior do olho;
- Perfuração da córnea;
- Cegueira permanente.
Popularidade e preocupações éticas
Mesmo com os riscos, a cirurgia ganhou popularidade nas redes sociais. Um caso em 2024 mostra uma brasileira realizando a ceratopigmentação na Suíça. O vídeo atraiu milhões de visualizações, gerando um debate sobre padrões estéticos e saúde.
O Conselho Federal de Medicina destaca que o procedimento em indivíduos saudáveis é antiético e reforça a necessidade de alertar sobre os perigos deste tipo de intervenção.
Para quem deseja mudar a cor dos olhos sem riscos, as lentes de contato coloridas são a melhor opção. Elas permitem mudanças temporárias e seguras, desde que sejam usadas com acompanhamento médico. Nesses casos, a segurança deve sempre ser priorizada em procedimentos estéticos.
