A maioria das pessoas tem conhecimento que saber controlar as despesas pode ser um método eficaz no cuidado das finanças. Gastar menos do que se ganha é considerado regra básica para quem quer ver as contas no verde.
Na teoria isso pode ser fácil, o que não acontece na prática, pois, além da falta de monitoramento dos gastos, um dos principais motivos do endividamento da população está associado ao elevado custo de vida, ocasionado pela inflação e aumento dos impostos.
O que é comprometimento de renda?
Existem despesas que são quase uma certeza na vida de uma pessoa adulta: custos com aluguel, transporte, alimentação, saúde e educação.
Ao receber o salário ou os rendimentos mensais, o trabalhador deve ter em mente que parte do dinheiro já estará comprometido.
Dito isso, entende-se como comprometimento de renda aquele valor que deve ser reservado todos os meses para o pagamento de alguma conta/dívida.
O ideal é que essas despesas não ultrapassem o limite de 50% da renda total. Isso permite que o restante do dinheiro seja utilizado para outros fins, como investimentos financeiros, em lazer ou simplesmente para reserva de emergência.
O cálculo equivocado das contas do orçamento familiar, associado ao desiquilíbrio financeiro causado por uma demissão, por exemplo, são as principais causas para que alguém comece a se endividar.
Limite do comprometimento de renda
Já que o comprometimento de renda é o valor do orçamento destinado às despesas essenciais do mês, qual deve ser o seu limite ideal?
A resposta para essa pergunta pode ser encontrada na regra básica, mencionada no começo deste artigo: gastar menos do que ser recebe. Essa garantia orçamentária simples permite cumprir todos os compromissos ao final do mês.
Economistas e demais especialistas do mercado defendem que se busque um percentual de comprometimento da renda abaixo de 30%. Os mais rígidos vão além e sugerem uma média de 5% de comprometimento. O motivo: as taxas se juros acumulados que podem se tornar uma bola de neve no orçamento familiar.
Outra razão inclui os custos com emergências médicas, considerados imprevisíveis e altamente caros, sobretudo quando não há uma cobertura ou plano de saúde.
Como planejar o limite financeiro?
O comprometimento da renda para quem ganha até dois salários mínimos acaba sendo um desafio. Contudo, para esse grupo, é mais recomendado continuar pagando as contas e não permitir que dívidas surjam.
Juros e multas tendem a agravar a situação ao longo do tempo. Uma dica que pode mudar essa perspectiva é conseguir outras formas de renda. Empréstimos podem ser considerados, mas merecem atenção.
O uso do cheque especial e cartão de crédito, tidos como as linhas de crédito mais caras do mercado, é permitido. Contudo, é preciso considerar que eles comprometem entre 5% e 20% da renda mensal.
Confira a seguir como fazer um planejamento financeiro em 5 passos:
- Anote as receitas e despesas;
- Faça compras com consciência;
- Tenha cuidado ao utilizar o cartão de crédito;
- Revise seu planejamento financeiro com frequência;
- Crie metas e prazos bem definidos (e realistas).
Por tudo isso, o ideal é possuir uma reserva de emergência com uma quantia que corresponda a seis meses de trabalho. O capital acumulado servirá para cobrir emergências e eventualidades que possam surgir de forma inesperada.
Veja também: Como economizar dinheiro: 5 dicas para quem usa cartão de crédito