Como uma alternativa aos bancos tradicionais, os bancos digitais vem despertando cada vez mais o interesse dos consumidores nos últimos anos. Em meio à burocracia e cobranças de taxas salgadas e pouco transparentes, eles surgiram com o objetivo de oferecer aos clientes serviços mais eficientes, práticos e principalmente de baixo custo.
No entanto, como o serviço ainda é relativamente novo no Brasil, e em razão de tentativa de ataque por hackers, que já aconteceu com a fintech Neon Pagamentos, muitos consumidores ficam com o pé atrás ao abrir contas neste tipo de instituição. Há uma desconfiança sobre a segurança do dinheiro guardado.
Além disso, os bancos digitais não possuem agências físicas disponíveis para quando o cliente precisa falar pessoalmente com um atendente. Todos os serviços bancários são feitos por meio de aplicativo de celular, o que pode ser uma grande vantagem para alguns, mas um indicativo de insegurança para outros usuários. Afinal, contas digitais são seguras? Entenda a seguir:
É seguro deixar dinheiro na conta digital?
Importante lembrar que os bancos tradicionais já ofereciam algum controle digital por meio do Internet Banking, por exemplo,. Ademais as contas digitais também são disponibilizadas por eles. Os serviços mais comuns são de pagamentos, limites de cheque especial e operações de crédito com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Porém, as contas oferecidas pelos bancos digitais, as chamadas contas de pagamento permitem que o dinheiro depositado pelo usuário fique separado do patrimônio do banco, por esse motivo não há necessidade de cobertura do FCG. Ademais, o dinheiro do cliente não pode ser usado pela instituição para cobrir empréstimos, financiamentos, entre outros.
Além disso, as contas digitais geralmente contam com criptografia, autorização de dispositivo e solicitação de diferentes senhas para garantir que os dados do cliente estão protegidos e não possam ser lidos por hackers, por exemplo. O que protege o acesso ao dinheiro disponível na conta do usuário.
Por causa dos vários sistemas de autenticação de senhas ( de letras e números), usuário e biometria, a transação bancária feita por meio de contas digitais são mais seguranças do que se o processo fosse realizado em um caixa eletrônico, por exemplo.
O problema da segurança na verdade, não está na conta digital, mas na forma como cada instituição gerencia os seus sistemas. Ambos os casos, banco tradicional ou digital, estão sujeitos ao risco de vazamentos, por isso a empresa que quer crescer na área deve investir pesado em segurança de dados e do dinheiro, ou senão com o tempo ela acaba sendo banida do mercado.
Novas regras de segurança para contas digitais
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou no fim de abril de 2018 novas regras de segurança para os bancos operarem na internet. De acordo com matéria do Portal Uol, a Resolução 4658, publicada na época, determina que as instituições tenham uma política de segurança cibernética, definindo “requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem”.
A medida entrou em vigor em 2019 e por meio dela a CMN exige que as instituições de pagamento tenham controles e sistemas cada vez mais robustos, especialmente quando se trata de resiliência a ataques cibernéticos.
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