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Concurso Banco do Brasil: Déficit entra em pauta na Paraíba

Reunião entre sindicalistas e superintendentes tratou do déficit apresentado em agências distribuídas pelo estado que não tem concurso válido desde 2015.



O déficit de servidores nas agências do Banco do Brasil não é nenhuma novidade! Mesmo com a realização do último certame, a carência de funcionários assusta e já compromete a realização das atividades bancárias. Na Paraíba, a situação foi tema de reunião realizada no mês de setembro.

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf CUT) e o superintendente do BB no estado, Antônio Carlos Servo, se reuniram para tratar, entre outros itens, da falta de funcionários. Somadas a isso, foram discutidas as políticas de reestruturação e a questão das aposentadorias incentivadas.

Os diretores da Contraf CUT denunciam que servidores da capital e interior seguem pressionados para o cumprimento de metas, mas trabalham em situações sem a mínima estrutura. Ademais, padecem com frequentes situações de violência verbal partindo de clientes insatisfeitos.

Marcelo Alves, presidente do Sindicato, apontou que o processo de reestruturação reduziu o quadro de funcionários, precarizando as condições de trabalho e atendimento ao público. Em resposta, o Banco do Brasil respondeu que irá mapear as condições de trabalho apresentadas nas agências do estado.

Nisso, priorizará aquelas que estejam em condições críticas devido à carência de servidores. Nos próximos dias, será montado um banco de dados que levante as prioridades que devem ser tratadas.

Sem concurso desde 2015

A Paraíba esteve entre os estados contemplados pelo último certame realizado pelo BB para o Nordeste. Homologado em dezembro de 2015, o concurso trouxe 860 vagas, sendo 95 para contratação imediata e 765 para cadastro de reserva.

A seleção ofertou vagas para a carreira de escriturário e exigiu formação de nível médio. Contratados sob o regime celetista, os aprovados teriam direito à remuneração inicial de R$ 4.036,56 em cumprimento de 30h semanais.

O concurso teve validade prorrogada até dezembro de 2017, mas expirou sem o quantitativo de convocações devidas. O caso gerou protestos por parte dos aprovados que pediam pelas nomeações. Segundo a instituição, as contratações envolviam o estudo das necessidades do banco, bem como planejamento estratégico e orçamentário.

Concurso Escriturário 2018

Em março deste ano, o Banco do Brasil lançou edital com 30 vagas imediatas mais formação de cadastro de reserva para escriturário. Porém, a lotação dos aprovados foi restrita a agências das cidades de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas e discursivas aplicadas no dia 13 de maio nas cidades de Belo Horizonte, Belém, Brasília, Curitiba, Campinas, Recife, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro.

Nos exames objetivos, os participantes responderam a 70 questões de múltipla escolha sobre Conhecimentos Básicos e Específicos. Na prova dissertativa, deveriam elaborar texto contendo até 30 linhas e, no mínimo de 25. Só foram corrigidas as redações dos classificados nas provas objetivas. O resultado final do certame foi publicado no dia 05 de julho.

Déficit em todo o Brasil

Apesar da publicação do recente certame, o quantitativo de vagas disponibilizado não foi suficiente para amenizar o déficit apresentado pelas agências brasileiras. Até porque, como foi percebido, a seleção contemplou agências de apenas três estados.

Por isso, servidores seguem afirmando que a oferta não é capaz de suprir a demanda de mão de obra e realizaram protestos pedindo por novas contratações. Os bancários se mobilizaram no dia 28 de maio exigindo seleção de novos servidores, além de melhores condições de trabalho.

Segundo os sindicalistas, nos últimos 12 meses, 270 agências e 1.983 postos foram fechados em todo o país, causando conflitos nos locais entre bancários e população. O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região apontou que a instituição teve lucros aproximados a R$ 3 bi no primeiro trimestre de 2018.

s números são 20% maiores se comparados ao mesmo período em 2017. Vale lembrar, ainda, que o Banco do Brasil passou por recente Programa de Demissão Voluntária (PDV), através do qual 9.400 funcionários deixaram seus postos e 9.300 foram realocados.

Importante mencionar que, em novembro do ano passado, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10) determinou que o Banco do Brasil realizasse novo concurso público no prazo de dois anos. A decisão teve como fundamento o  grande número de escriturários nomeados em cargos de nível superior através de seleções internas.

O banco recorreu da decisão sob a alegação de que os funcionários mencionados não eram servidores públicos. A instituição utilizou-se de sua classificação como sociedade de economia mista que a permite ser submetida às regras explícitas no Art. 173, parágrafo 1°, inciso II da CF/1988.




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