Nesta quinta-feira, 20, durante o lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa, o presidente em exercício, Jair Bolsonaro (sem partido), declarou que a privatização dos Correios é dada como certa. Sem novidades, a notícia serve apenas como confirmação dos rumores surgidos em agosto do ano passado.
Além da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), outras 16 estatais podem estar na mira das privatizações. Entre elas a Casa da Moeda, responsável pela produção das cédulas e moedas do país e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), criado para modernizar e agilizar setores ligados à tecnologia e administração pública.
Transição
De acordo com Salim Mattar, secretário de Desestatização do Ministério da Economia, o objetivo é concluir o processo de transição dos Correios de estatal para iniciativa da rede privada até o final de 2021. Segundo ele, por se tratar de uma empresa de grande porte e com mais de 100 mil funcionários, muita coisa precisará ser definida para que não haja erros.
Apesar das possíveis privatizações em massa, Bolsonaro já demonstrou em ocasiões anteriores estar ciente que as vendas de instituições públicas impactam diretamente a vida de centenas de servidores. Segundo ele, “quem detém o monopólio não pode ter prejuízo”. Independente disso, os processos envolvendo as estatais continuam em andamento.
Na mira da privatização
Além dos Correios, confira a lista de estatais que correm o risco de serem vendidas ao capital privado pelos próximos anos:
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF);
- Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
- Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev);
- Casa da Moeda;
- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp);
- Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas);
- Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU);
- Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb);
- Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa);
- Empresa Brasil de Comunicação (EBC);
- Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec);
- Telebras;
- Correios;
- Eletrobras;
- Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex);
- Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Questionado sobre uma possível privatização da Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB), Bolsonaro negou qualquer intenção de mudança nas instituições, consideradas patrimônios nacionais. A declaração foi dada em reportagem ao jornal O Globo no dia 04 de dezembro de 2019. De lá até hoje, o assunto permanece intocável.
Leia ainda: Pontos para suspensão da CNH devem dobrar, segundo projeto de Bolsonaro