Mais de quatro milhões de trabalhadores tiveram o contrato de trabalho suspenso ou reduzido durante a pandemia. Apesar dos cortes, o governo garantiu que na próxima semana dará início ao pagamento da parcela do seguro-desemprego.
Esse pagamento havia sido prometido a trabalhadores impactados com os cortes. A informação foi confirmada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco.
“Começa na próxima semana o pagamento do BEM [Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda], que será pago para a manutenção do emprego”, disse Bruno durante entrevista coletiva realizada no dia 27 de abril.
O governo federal espera destinar R$ 51,2 bilhões para o programa, ao longo dos próximos três meses.
Pagamento seguro-desemprego devido coronavírus
O pagamento de uma fração do seguro-desemprego foi assegurado pela Medida Provisória (MP) 936.
A medida permitiu também a flexibilização dos contratos de trabalho durante o estado de calamidade pública causada pela Covid-19, que impactou diretamente empregados e empregadores.
O valor do seguro irá variar conforme acordo firmado entre o trabalhador e a empresa. Será 100% quando o contrato tiver suspensão. Também pode ser de 25%, 50% ou 75% do seguro quando o salário for reduzido nas mesmas proporções.
Acordos firmados
Já passou de quatro milhões o número de trabalhadores que fizeram acordo com o empregador para suspender o contrato de trabalho ou reduzir a carga horária. A redução é proporcional ao salário e terá vigor durante a pandemia do coronavírus.
Segundo Bianco, os números evidenciam que o programa tem sido efetivo em seu principal objetivo que é preservar os empregos. Todos os números podem ser consultados por meio do site do Ministério da Economia.
A previsão do Ministério é de que nos próximos outras medidas sejam publicadas com o intuito de preservar o emprego durante a pandemia. A pasta também garantiu divulgar o número de pedidos de seguro-desemprego recebido pelo governo em março.
De acordo com o secretário Bruno, os número evidenciam um panorama de como a crise está afetando o mercado de trabalho brasileiro.
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