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Auxílio emergencial multiplica valor do Bolsa Família; Entenda

Assistidos pelo programa de 2003 tiveram um aumento até seis vezes maior do benefício nos últimos meses.



Famílias assistidas pelo programa Bolsa Família viram seus benefícios multiplicarem de valor em razão da pandemia do novo coronavírus. Isso porque quem recebia até R$ 205,00, por exemplo, passou a ter direito de três a seis vezes mais, entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00 vindos do auxílio emergencial.

Com duração inicial de três meses, só entre maio e abril, cerca de 14,27 milhões de pessoas já foram beneficiadas. Uma das regras básicas para fazer parte da lista de contemplados com o aumento é não ter trabalho de carteira assinada ou estar recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A suspensão temporária do Bolsa para o pagamento do auxílio fez com que o número de inscrições para o programa assistencialista triplicasse nos últimos meses. Por socorrer justamente as famílias de baixa renda, o benefício é um dos instrumentos mais efetivos para repor a renda daqueles que terão seus rendimentos afetados durante a crise da pandemia.

Maior prazo

Na opinião de economistas, o Bolsa Família deve ser ampliado para um valor maior e por mais tempo do que os três meses de auxílio emergencial. Segundo eles, o pagamento de até R$ 205,00 mensais não será suficiente para as famílias assistidas se recuperarem durante o período pós-crise.

Ricardo Henrique, atual superintendente executivo do Instituto Unibanco e um dos que ajudaram a criar o Bolsa Família em 2003, diz que é importante direcionar as ações ao grupo de beneficiários que são trabalhadores informais. Para ele, as famílias dessa categoria serão as mais atingidas pelos impactos da recessão.

Nesse caso, segundo Henrique, é preciso pensar em uma política de crescimento econômico, sobretudo envolvendo a parte de transferência de renda. “Mais pessoas e famílias ficarão vulneráveis. Vai ser preciso manter essa renda mínima e um valor maior do Bolsa Família por mais tempo pode ser mesmo necessário”, disse.

Auxílio negado

Apesar de os assistidos pelo Bolsa Família não precisarem se cadastrar nas plataformas do governo para receber o auxílio emergencial, nem todos os beneficiários inscritos no programa receberão os R$ 600,00 ou R$ 1.200,00 (duas cotas). 

Foi o que informou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, no último sábado, 2. Segundo ele, o número de não-contemplados chega a 700 mil. O motivo: essas pessoas não se enquadram nas regras do auxílio, seja porque têm emprego de carteira assinada ou recebem outro benefício de transferência de renda do governo federal, como o BPC. 

Lembrando que para receber o auxílio, o cidadão deve ser maior de 18 anos de idade, não ter emprego formal, não receber qualquer benefício previdenciário, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência renda federal (com exceção do Bolsa Família), além de obedecer as regras de limite de renda e rendimentos tributáveis.

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