Atualmente utilizado para pagamentos do auxílio emergencial, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm), o Caixa Tem deve ser ampliado pela Caixa Econômica Federal.
A ideia é transformar o aplicativo no “banco digital da menor renda” e passar a oferecer opções de microcrédito, seguros e cartões. De acordo com a estatal, 91,7 milhões de poupanças sociais digitais foram gratuitamente abertas em 2020 para os brasileiros que estão recebendo benefícios sociais do governo durante a pandemia de coronavírus.
Manutenção das contas
O banco deve manter essas contas abertas gratuitamente mesmo depois do controle da covid-19. De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, “Todos os produtos serão mantidos. Todos os produtos gratuitos continuarão gratuitos. E faremos mais.”
Ele ainda afirmou que o “aplicativo do Caixa Tem é o banco digital para a menor renda, que é 80% da base de clientes da Caixa”. Por essa razão, deve continuar oferecendo o pagamento digital de benefícios sociais, inclusive do Bolsa Família, que atualmente é pago somente de forma presencial.
Limites de crédito
Entre os novos serviços que serão ofertados pelo aplicativo, está a oferta de microcrédito, de seguros e de cartões. O presidente da Caixa declarou que a entrada do microcrédito na plataforma do Caixa Tem está em fase de finalização.
De acordo com Guimarães, a ferramenta vai liberar empréstimo de “R$ 100, R$ 200, R$ 300 de forma rápida, simples e digital” para os brasileiros de baixa renda e para os trabalhadores informais que recebem o auxílio emergencial.
Guimarães não deu detalhes sobre a oferta de seguros ou cartões. Atualmente, o Caixa Tem oferece um cartão de débito digital que pode ser usado tanto em compras online como para compras presenciais, basta aproximar o celular das maquininhas de cartão. Durante a pandemia, 67,5 milhões desses cartões de débito virtuais foram emitidos pelo Caixa Tem.
A ampliação dos serviços do Caixa Tem pode ser uma forma de o banco continuar com os beneficiários do auxílio emergencial na sua base de clientes no pós-pandemia. Isso porque cerca de 40 milhões de pessoas que não tinham nenhuma conta de banco viraram clientes da Caixa para receber os benefícios emergenciais do governo.
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