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Renda Cidadã: Substituto do Bolsa Família tem data prevista para ser apresentado

Novo programa só deve ter sua fonte de financiamento divulgada após as eleições. Projeto tem sido um dos atuais pontos de conflito entre Paulo Guedes e o Congresso.



O Renda Cidadã tem sido um dos atuais pontos de conflito entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Congresso. Por esse motivo, o novo programa, que irá substituir o Bolsa Família, só deve ser apresentado após as eleições municipais.

O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, na qual o Renda Cidadã será inserido, afirmou, no dia 6 de outubro, que o texto seria apresentado nesta semana. Contudo, uma fonte envolvida nas negociações disse à Reuters: “Tudo pode acontecer depois das eleições”. Paulo Guedes também já havia indicado que as discussões sobre o novo programa seriam após o pleito.

“Agora, você está numa temporada política… Você a 40, 50 dias de eleição, como é que você vai entrar nessa brigalhada? A 40, 50 dias das eleição, vai falar que o Renda Brasil vai ser R$ 300: ‘Não, não dá, é dinheiro demais’. Ah, então vai ser R$ 190: ‘Ah, não pode, lá embaixo também, assim não dá’. Isso é hora de discutir isso?”, questionou o ministro da Economia durante pronunciamento no dia 2 de outubro.

Renda Cidadã

O novo programa, do presidente Jair Bolsonaro, pretende substituir o Bolsa Família, ampliar o número de pessoas atendidas, além de suceder o auxílio emergencial, que será pago até dezembro. Cerca de 15,2 milhões de famílias devem ter direito ao recebimento do benefício. Em 2020, o número de contemplados foi de 13,2 milhões.

O valor do Renda Cidadã ainda não foi definido, mas, segundo Bittar, deve ficar entre R$ 200 e R$ 300, pelo menos no primeiro ano. Hoje, o Bolsa Família paga em média R$ 190 por mês.

Contudo, ainda não se sabe como o novo programa será financiado. A princípio, a ideia era usar recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e de precatórios para viabilizar o Renda Cidadã. No entanto, Guedes negou que tenha concordado com essa forma de financiamento.

Agora, a expectativa é que a definição para o formato do Renda Cidadã e sua forma de financiamento fiquem para depois das eleições, já que, no momento, o foco é a temporada política. O segundo turno será no dia 29 de novembro.

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