A partir desta semana, o dinheiro depositado na carteira digital PicPay vai render 210% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), com liquidez diária. A ideia é estimular seus mais de 33 milhões de clientes a explorar recursos como transações com QR code em lojas, pagamentos de boleto, recargas de celular e transferências via Pix. Em outras fintechs, como Mercado Pago e Nubank, por exemplo, a mesma quantia renderia 100% do CDI. Em todas delas, o rendimento supera a tradicional poupança.
O rendimento da poupança é menor do que das contas digitais porque corresponde a 70% da taxa Selic mais a taxa referencial (TR), que atualmente está zerada. O CDI, considerado pelas fintechs, é praticamente igual à taxa Selic de juros definida pelo Banco Central (atualmente em 0,165% ao mês). Sendo assim, um depósito realizado hoje no PicPay deve crescer cerca de 4,2% ao ano (ou 0,35% ao mês). O mesmo depósito feito na conta do Nubank, ou de outros concorrentes que também prometem 100% do CDI, cresceria 2% ao ano.
Disponível para clientes pessoa física, o serviço do PicPay pode incidir em valores de até R$ 250 mil. Outra vantagem é que o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento.
Tem proteção do Fundo Garantidor de Crédito?
O PicPay avisa, entretanto, que o dinheiro da conta digital não é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade privada que cobre depósitos de até R$ 250 mil caso a instituição financeira tenha algum problema. “Como instituição de pagamentos regulada e autorizada pelo Banco Central, o PicPay mantém 100% do saldo dos seus usuários investidos em títulos públicos federais, como exige o órgão regulador”, explica a empresa em comunicado.
Em instituições como Nubank e Mercado Pago, por exemplo, o dinheiro também não tem garantia do FGC. O Nubank, entretanto, oferece a opção do Recibo de Depósito Bancário (RDB), que é protegido pelo FGC, rende 100% do CDI e oferece liquidez diária.
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