O presidente Jair Bolsonaro foi questionado nesta última terça-feira, 24, sobre a possibilidade do governo estender novamente o pagamento do auxílio emergencial no ano que vem, isso aconteceu um dia depois do ministro da Economia Paulo Guedes reforçar que não há chance de prorrogar o auxílio emergencial.
Bolsonaro redirecionou a indagação ao novo coronavírus: “Pergunta pro vírus”, disse o presidente sorrindo em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada. O chefe do executivo acrescentou então que o governo se prepara para tudo, mas “tem que esperar certas acontecerem”.
Ele disse não esperar ser necessário prorrogar mais uma vez o auxílio emergencial, que está previsto para encerrar em dezembro junto ao decreto de calamidade pública. Bolsonaro declarou: “A gente espera que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar, e não teremos novos confinamentos no Brasil. É o que eu espero.”
Bolsonaro defende isolamento vertical
Na conversa, o presidente reforçou que, desde o começo da pandemia do novo coronavírus, nunca apoiou a ideia do confinamento e defendeu o “isolamento vertical” que é restrito a pessoas idosas ou que tenham problemas de saúde pré-existentes que podem agravar os sintomas da covid-19.
“Mas infelizmente a decisão coube aos governadores e prefeitos. Se não fosse toda aquela quantidade de auxílios que nós fizemos no passado, entre eles o emergencial, realmente a economia teria quebrado no Brasil. Então a gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja realmente de partida do Brasil” , declarou Bolsonaro.
Segunda onda do vírus
Na segunda-feira, 23, durante em evento virtual com investidores, o ministro Paulo Guedes afirmou que o governo pode ter que prorrogar o auxílio emergencial em caso de uma segunda onda, severa de covid-19, porém ele considera esse risco baixo.
Guedes disse que, “Do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer, é evidente que tem muita gente já está falando em segunda onda. Nós estamos preparados para reagir qualquer evidência empírica. Se o Brasil tiver novamente 1 mil mortes [por dia] nós já sabemos como reagir”, afirmou o ministro.
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