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Para pagar novo auxílio, Guedes diz ser preciso bloquear verbas da Saúde

Apesar do recrudescimento da pandemia, ministro declarou que é preciso cautela antes de decidir pela prorrogação do benefício.



Nesta terça-feira, 26, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou ser necessário bloquear gastos na Educação, Segurança Pública e Saúde para voltar a disponibilizar o auxílio emergencial, recurso pago a vulneráveis durante a pandemia.

“Quer criar o auxílio emergencial de novo? Tem que ter muito cuidado. Pensar bastante. Porque, se fizer isso, não se pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública”, disse o ministro em videoconferência realizada pela Credit Suísse.

Junto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro considera que o país está vivendo uma guerra e que por isso não é possível ter aumento de salários ou entrega de medalhas antes do fim da batalha.

“Durante a guerra, é fazer armamento. Pega os episódios de guerra aí e vê se teve aumento de salário durante a guerra, se teve dinheiro para saúde, educação… não teve, é dinheiro para guerra”, declarou Guedes.

Cautela

Formado na Escola de Chicago, Guedes não deu um parecer definitivo em relação à prorrogação do auxílio emergencial. No entanto, segundo o economista, é preciso pensar “10 vezes” antes de apertar o botão que aciona a “bomba atômica”. Para ele, não é possível declarar guerra a todo momento.

Na tentativa de tranquilizar àqueles que pedem algum tipo de auxílio diante do aumento no número de casos de infecção pelo novo coronavírus, Guedes afirmou que, “caso o pior aconteça”, o governo saberá o que fazer.

Compromisso com o teto de gastos

Durante mesmo evento, o presidente Bolsonaro defendeu a manutenção do teto de gastos e deu indícios de que não vai prorrogar o auxílio emergencial. Na véspera, em conversa com simpatizantes, o mandatário havia dito que o benefício não era “duradouro” ou “vitalício”, e que não poderia ser visto como aposentadoria.

Para suprir as necessidades relacionadas aos gastos com a pandemia, o Congresso aprovou no ano passado o Orçamento de Guerra e o Estado de Calamidade Pública. Ambos permitiram ao governo liberar recursos para os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 e sua prorrogação de R$ 300.

No entanto, as medidas se encerraram em dezembro, o que fez com que as regras fiscais voltassem a valer. O caso é que a pandemia teve um recrudescimento, que pode ocasionar em novas restrições às atividades econômicas.

Leia ainda: Auxílio emergencial ainda será liberado para 3,5 milhões em 2021




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