A Caixa Econômica Federal encerrou nesta quarta-feira, 27, a etapa de liberação para saques e transferências do auxílio emergencial para quem não faz parte parte do Bolsa Família. Foram contemplados os beneficiários nascidos em dezembro, que receberam os dois últimos depósitos da ajuda via aplicativo Caixa Tem nos dias 12 e 29 daquele mês.
Desta forma, o calendário de saque conforme o mês de nascimento do cidadão terminou oficialmente. O governo não divulgou qualquer novidade envolvendo uma possível prorrogação do auxílio para este ano. O que se sabe até agora é que existe apenas a possibilidade de uma renovação do benefício mediante corte de gastos públicos.
Há ainda um lote residual de R$ 248 milhões para 196 mil pessoas que contestaram a suspensão ou negativa do programa nos meses de novembro e dezembro. De acordo com o Ministério da Cidadania, os aprovados receberão nesta quinta-feira os depósitos de todas as parcelas a que têm direito, inclusive com liberação imediata para saques e transferências.
Prazo para sacar o auxílio emergencial
Beneficiários do auxílio emergencial devem ficar atentos aos prazos de saques e transferências dos recursos. A Caixa Econômica Federal informa que o período é de 90 dias contados a partir do depósito realizado na poupança social digital.
Para o grupo de inscritos no Bolsa Família, o tempo é maior, chegando a 270 dias. Quem não resgatar as quantias dentro destes prazos terá o valor depositado devolvido aos cofres do governo.
Governo fala sobre o auxílio emergencial em 2021
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta terça-feira, 26, que há a possibilidade de o governo renovar o auxílio emergencial se houver uma piora na pandemia. No entanto, Guedes declarou que para a medida entrar em vigor, será necessário reduzir os gastos do governo e assim evitar um endividamento público sem controle.
“Quer criar o auxílio emergencial de novo? Tem que ter muito cuidado, pensar bastante, porque, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública… É uma guerra. Vê se teve aumento de salário durante a guerra (na história), vê se teve dinheiro para saúde, educação… Não tem”, disse o ministro.
Dentre as propostas da equipe econômica está a aprovação de uma mudança na Constituição para incluir uma cláusula que diz respeito à situação de calamidade pública. Isso daria liberdade financeira ao governo de cortar gastos e despesas quando houver perigo fiscal.
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