Nesta segunda-feira, 29, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa, Ernesto Araújo e Fernando Azevedo e Silva, pediram demissão de seus cargos. No primeiro caso, a informação ainda não foi confirmada pela União oficialmente. Ernesto havia informado de sua decisão para assessores próximos e informou o pedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A solicitação foi feita após pressão de parlamentares, como os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O contexto político de Ernesto vinha se desgastando nos últimos dias. No Congresso, a análise é de que a sua atuação como ministro isolou o Brasil na política internacional e prejudicou a compra de doses de vacina contra Covid-19.
O agora ex-ministro implementava na sua gestão os mesmos ideais da política externa do ex-presidente estadunidense Donald Trump. O posicionamento acarretou em atritos com importantes parceiros comerciais, como é o caso da China, maior destino de exportações brasileiras e principal produtor de insumos para a vacina.
Nota oficial do ministro da Defesa
Por meio de nota, o ministro da Defesa agradece a Bolsonaro “a oportunidade de ter servido ao País” e disse que ao longo de sua gestão preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”.
Ainda, Fernando Azevedo e Silva agradece as forças militares. “O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza da missão cumprida”.
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