A nova rodada do auxílio emergencial que atende menos pessoas e paga valores menores, não vai compensar a perda de renda para 43% dos beneficiários que são justamente as pessoas que vivem sozinhas e recebem apenas R$ 150.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira (Cemif) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que, mesmo com as parcelas neste valor, haverá uma perda de renda de 2% para homens e 4% para mulheres.
O benefício de R$ 150 será efetivo para moradores de apenas nove das 27 unidades do país. Os pesquisadores da FGV, Lauro Gonzalez e Leonardo Oliveira usaram projeções que apontam que cerca de 20 milhões de pessoas ganharão as parcelas de R$ 150, outras 16,7 milhões terão acesso ao benefício de R$ 250 e 9,3 milhões de mulheres chefes de família receberão os R$ 375.
A compensação de renda apenas será efetiva para as pessoas que receberão o benefício padrão, de R$ 250, e mulheres que chefiam famílias, que ganharão R$ 375. Nestes casos, moradores da maioria dos estados terão a renda compensada. Para as mulheres, o pagamento de R$ 375 será maior que a perda da renda em todos os estados.
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