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Guedes confirma possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial 2021

Embora tenha destacado a possibilidade, Guedes não deu detalhes de como será a nova rodada de pagamentos do auxílio, tais como o valor e o número de parcelas previstas.



Com previsão de pagamentos até o mês de julho, o auxílio emergencial poderá ser prorrogado mais uma vez. Segundo o ministro da economia, Paulo Guedes, o governo federal já tem recursos separados, caso a extensão do benefício seja realmente necessária.

“Isso pode acontecer (a prorrogação do auxílio emergencial). Tem recursos já separados para isso. O que a gente sabe é que quando ele acabar, ele tem que aterrissar no Bolsa Família mais robusto e permanente. Tem que ser bem financiado” , explicou o ministro em entrevista publicada no jornal O Globo do último domingo, 02.

Embora tenha destacado a possibilidade de prorrogação, Guedes não deu detalhes de como será a nova rodada de pagamentos do auxílio, tais como o valor e o número de parcelas previstas.

Vale destacar que o orçamento para este ano não possui espaço para uma possível prorrogação do benefício, pelo menos não dentro do teto de gastos. Para respeitar o limite dos cofres públicos, o valor do auxílio emergencial foi reduzido nesta etapa, variando entre R$ 150 e R$ 375.

O programa havia sido encerrado em dezembro do ano passado. Em 2020, os beneficiários receberam até nove parcelas do benefício, no valor de R$ 600 e R$ 300. Nos primeiros três meses deste ano, os beneficiários ficaram sem os pagamentos do auxílio até que a prorrogação finalmente foi aprovada, e os depósitos tiveram início em abril.

Ministro apontou dificuldades

Na entrevista, Guedes também mencionou a agenda de reformas do governo federal. “O presidente ia apoiar o programa liberal na economia. O presidente mesmo brinca que já foi 99%, agora é 97%, ele fala. Aí eu brinco: ‘Não, presidente, o senhor está em 65%'”, disse.

O ministro destacou ainda que enfrenta dificuldades para executar seu projeto para a economia brasileira. “Estou tendo que lutar dez vezes mais do que eu pensei que fosse lutar. Porque a aderência é um pouco menor do que eu pensava. Mas sem reclamação. É uma democracia”, ponderou.

Guedes também acredita que tem exercido um papel importante neste momento de crise econômica no país. “Sem falsa modéstia, eu sei que fui crucial em momentos decisivos […] A nossa velocidade de resposta à crise, a nossa capacidade de fazer uma política econômica integrada, tudo isso só foi possível porque tinha esse comando único na economia”, declarou o ministro.

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